A ONG Eco Pelo Clima realizou, nesta semana, em Porto Alegre, um protesto contra o governo gaúcho, acusando as autoridades de negligência em relação aos desastres ambientais que assolaram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. Os manifestantes afirmaram que as enchentes que atingiram o estado são consequência direta da falta de ações efetivas por parte dos governantes, a quem classificaram como “negligentes e incompetentes”, citando o governador Eduardo Leite e o prefeito da capital, Sebastião Melo.
Durante a marcha, os representantes da ONG manifestaram solidariedade às vítimas da crise climática e defenderam a construção de um novo sistema que seja mais sustentável e menos agressivo ao meio ambiente. Eles enfatizaram que o capitalismo é um gerador de desastres ambientais e exigiram ações urgentes para combater as mudanças climáticas, destacando que o poder público já havia sido alertado pela própria ONG sobre os riscos iminentes.
Segundo a Eco Pelo Clima, o governo estadual foi informado previamente sobre os perigos das mudanças climáticas e, em 2020, a ONG solicitou a implementação de medidas específicas para mitigar esses impactos. Os manifestantes expressaram repúdio aos negacionistas das mudanças climáticas e exigiram medidas imediatas para enfrentar a situação de emergência climática que o estado tem enfrentado.
Além disso, a organização destacou a importância da preservação ambiental e criticou as alterações realizadas no Código Estadual do Meio Ambiente, que flexibilizaram normas ambientais e facilitaram intervenções prejudiciais ao ecossistema local. Em resposta a essas ações, o governador foi questionado judicialmente, o que resultou na abertura de um prazo para esclarecimentos e avaliação da constitucionalidade das mudanças.
Em paralelo, a Assembleia Legislativa aprovou um plano de reconstrução para lidar com os danos causados pelos eventos climáticos extremos, visando mitigar as consequências das enchentes e inundações que assolaram o estado. O Plano Rio Grande prevê a destinação de recursos para ações de adaptação e resiliência climática, além da criação de um fundo especial para financiar iniciativas de enfrentamento às mudanças climáticas e seus impactos socioeconômicos. Espera-se que essas medidas contribuam para minimizar os efeitos das catástrofes ambientais e promover a sustentabilidade no Rio Grande do Sul.
Com informações da EBC
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