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Desvalorização de commodities e aumento das importações ameaça superávit comercial brasileiro em agosto.

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A queda no superávit comercial brasileiro em agosto foi resultante da desvalorização de várias commodities e do aumento das importações devido à recuperação da economia. No mês de julho, o país registrou um superávit de US$ 4,828 bilhões, uma redução de 49,9% em comparação com o mesmo período de 2023 e o pior resultado para agosto desde 2017, quando o superávit foi de US$ 4,547 bilhões.

Com esses dados, o superávit comercial acumulado nos primeiros oito meses do ano é de US$ 54,079 bilhões. Apesar de representar uma queda de 13,4% em relação ao mesmo período do ano passado, esse valor é o segundo melhor da série histórica que analisa o comércio exterior do Brasil desde 1989.

Em agosto, as exportações do Brasil totalizaram US$ 31,101 bilhões, uma queda de 6,5% em comparação com o mesmo período de 2023, enquanto as importações atingiram US$ 21,468 bilhões, um aumento de 13%. A redução no valor das exportações foi influenciada pela queda nos preços internacionais da soja, milho, ferro, aço e açúcar, embora as vendas de café e celulose tenham registrado aumento, compensando parcialmente essas quedas.

Por outro lado, as importações foram impulsionadas pelas aquisições de gás natural, motores, máquinas, adubos e fertilizantes químicos, com destaque para o aumento de 339,4% nas compras de gás natural em relação a agosto do ano anterior. O volume de mercadorias exportadas caiu 6,5%, enquanto o das importadas aumentou 15,7%, indicando um aumento nas compras externas devido à recuperação da economia.

No setor agropecuário, a redução nas exportações foi mais impactada pela queda na quantidade de produtos enviados ao exterior, com uma diminuição de 11,8% no volume exportado. Já na indústria, houve uma queda de 5,2% na quantidade exportada, refletindo a crise econômica na Argentina, principal comprador de produtos manufaturados do Brasil.

Diante desse cenário, o governo tem projeções para um superávit comercial de US$ 79,2 bilhões em 2024, com aumento das exportações em 1,7% e das importações em 10,6%. A desaceleração econômica global pode trazer impactos negativos para as exportações brasileiras, mas as previsões atuais apontam para um crescimento nas trocas comerciais do país. A próxima projeção oficial será divulgada em outubro.

Com informações da EBC
Fotos: © Divulgação/Porto de Santos / EBC

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