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Desoneração do primeiro salário mínimo é mais eficaz do que zerar impostos alimentícios.

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A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) se manifestou sobre a decisão do governo federal de zerar os impostos sobre a importação de alguns alimentos como medida para conter a inflação. Segundo a entidade, essa ação terá um impacto reduzido para bares e restaurantes, que representam 33% do gasto dos brasileiros com alimentação. Além disso, a Abrasel ressaltou que não foi ouvida antes da tomada da decisão.

De acordo com o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, a medida não deve causar grandes impactos nos estabelecimentos e nos consumidores. Ele explicou que os produtos com impostos zerados pelo governo, como carne, milho e café, são aqueles em que o Brasil é o maior ou segundo maior exportador/ produtor, o que já reflete em preços internos menores. Além disso, o processo de importação é demorado e as importações desses alimentos dificilmente chegarão ao país nos próximos seis meses.

Solmucci ressaltou que a desoneração do primeiro salário mínimo seria uma solução mais efetiva e imediata para controlar a inflação. Ele explicou que essa proposta já foi defendida pelo governo no ano passado pelo secretário da Reforma Tributária, Bernard Appy. A Abrasel acredita que essa medida teria um impacto imediato na redução de custos, contribuindo para a manutenção ou até mesmo a diminuição dos preços nos cardápios.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) estimou que a desoneração do primeiro salário mínimo teria um custo anual inferior a R$ 900 milhões. Esse valor poderia ser compensado pelos ganhos esperados com a formalização, aumento da arrecadação e até mesmo a redução de gastos com o Bolsa Família, uma vez que o setor emprega muita mão de obra de baixa qualificação.

No cenário atual, os bares e restaurantes enfrentam dificuldades para reajustar seus preços diante do aumento dos insumos, absorvendo parte do impacto para não repassar o aumento ao consumidor. A inflação da alimentação no domicílio acumulou uma alta de 7,45% nos últimos 12 meses, enquanto a alimentação fora do lar variou 6,74%.

Portanto, a Abrasel defende a desoneração do primeiro salário mínimo como uma solução mais eficaz para controlar a inflação no curto prazo e ajudar o setor de bares e restaurantes a enfrentar os desafios atuais.

Com informações e fotos da Abrasel/BR

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