A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) devido ao uso indevido de verba pública para realizar um procedimento estético durante as eleições de 2022. A decisão foi unânime e baseada em provas robustas que demonstraram a utilização indevida dos recursos destinados à campanha eleitoral pela parlamentar, levando à rejeição de suas prestações de contas e à solicitação de cassação pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
No decorrer da sessão plenária, foi apresentado o depoimento de um cirurgião-dentista que confirmou ter realizado a harmonização facial na deputada e ter recebido o pagamento no valor de R$ 9 mil. Essas evidências foram cruciais para embasar a decisão do TRE-AP, que considerou a conduta da deputada incompatível com a ética e a legalidade exigida para o exercício do cargo público.
Silvia Waiãpi, cujo nome civil é Silvia Nobre Lopes, tem 48 anos e é natural de Macapá. Além de se autodeclarar mãe, avó, indígena, militar e republicana conservadora nas redes sociais, a parlamentar possui formação em fisioterapia e já ocupou a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) durante o governo de Jair Bolsonaro.
Esta não foi a primeira vez que o nome da deputada esteve envolvido em polêmicas, pois em 2023 ela foi alvo de um inquérito que investiga a sua suposta participação nos atos de invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal em janeiro daquele ano.
Diante desses acontecimentos, a Agência Brasil tentou contatá-la para obter um posicionamento a respeito da decisão do tribunal, aguardando uma possível manifestação da deputada sobre o assunto.
Com informações da EBC
Fotos: © Câmara dos Deputados / EBC