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Debate sobre sites de apostas aumenta incertezas sobre economia e saúde no Brasil.

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O debate sobre os sites de apostas tem gerado grande polêmica no Brasil, principalmente quando se trata da oposição entre os dados econômicos e de saúde relacionados a essa atividade. O país tem visto um aumento expressivo no mercado de apostas, que são conhecidas como “bets”. Atualmente, estima-se que existam mais de dois mil sites de apostas esportivas em operação no Brasil, embora essas empresas ainda tenham até o final do ano para se regularizarem.

Por um lado, há defensores da regulamentação dos jogos, argumentando que isso poderia trazer benefícios como a arrecadação de impostos e um maior controle sobre a atividade, podendo reverter até R$ 18 bilhões para os cofres públicos. Por outro lado, profissionais de saúde têm alertado para os possíveis danos à saúde mental dos jogadores, especialmente em casos de dependência e transtornos de jogo patológico.

A regulamentação desses sites de apostas também tem sido tema de debate no Parlamento, com a instalação da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, que visa investigar suspeitas relacionadas a partidas oficiais, especialmente no futebol. Além disso, questões relacionadas à publicidade nesse mercado têm sido avaliadas, sendo defendida a criação de regras mais claras para a veiculação de anúncios, incluindo advertências sobre os riscos do jogo e a proibição de participação de menores de 18 anos.

A preocupação com a saúde mental dos jogadores tem sido destacada por especialistas, que apontam os riscos de dependência e transtorno do jogo associados às apostas esportivas. Fatores como fácil acesso, publicidade excessiva e associação do jogo a renda extra podem aumentar a vulnerabilidade das pessoas, especialmente jovens, em desenvolver esse tipo de dependência. A identificação de sinais de dependência, como comprometimento financeiro e afetivo, é fundamental para buscar ajuda e intervenção adequadas.

A regulamentação dessas atividades busca, portanto, estabelecer critérios claros para a exploração do serviço, distribuição da receita arrecadada, fiscalização e sanções, visando proteger os jogadores e evitar abusos por parte das empresas operadoras. A importância de promover o jogo responsável, prevenir danos relacionados ao jogo e orientar sobre tratamentos para quem sofre com a dependência também tem sido ressaltada.

Diante desse cenário, é essencial que haja uma abordagem equilibrada em relação aos sites de apostas, considerando os aspectos econômicos e de saúde envolvidos, bem como a necessidade de regulamentação para garantir um ambiente seguro e responsável para os jogadores. A conscientização da população, a oferta de ajuda especializada e a fiscalização efetiva dessas atividades são fundamentais para lidar com os desafios e impactos gerados por esse mercado em crescimento no Brasil.

Com informações da EBC
Fotos: © Joédson Alves/ Agência Brasil / EBC

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