Durante a 28ª Feira do Livro de Porto Alegre, o renomado autor Daniel Munduruku compartilhou suas reflexões sobre o papel da literatura e da educação, enfatizando a importância de instigar a curiosidade e o espanto no processo de aprendizagem. Segundo Munduruku, o aprendizado vai muito além da simples aquisição de conhecimento; ele envolve um profundo abrigo emocional e intelectual que nos permite ver o mundo sob novas perspectivas.
O autor, que se destaca por suas obras que abordam a cultura indígena e os direitos dos povos originários, ressaltou que a literatura deve servir como um elo entre as pessoas e suas realidades. Ele acredita que histórias poderosas têm a capacidade de despertar a imaginação, desafiando as visões limitadas que muitas vezes prevalecem na sociedade. Ao apresentar suas experiências pessoais e falar sobre suas raízes, Munduruku reafirma a importância da identidade cultural e da valorização das narrativas indígenas em um contexto mais amplo.
Durante sua participação no evento, o escritor também destacou a necessidade de engajamento e presença ativa dos jovens, convocando-os a explorarem o universo das palavras. Para ele, desbravar a literatura é um convite à descoberta de novas realidades, uma oportunidade de se deparar com o inesperado e, assim, se surpreender. Munduruku argumenta que o espanto é uma força motriz essencial para o aprendizado, pois nos impulsiona a questionar, a investigar e a expandir nossos horizontes.
Além disso, ele mencionou que a literatura tem o poder de conectar gerações, propiciando diálogos entre o passado e o presente, contribuindo para que novas narrativas possam surgir e florescer. Para o autor, a feira é um espaço vital donde se pode celebrar a leitura, o conhecimento e a diversidade cultural. Ele concluiu sua participação destacando que a literatura é uma forma de resistência e esperança, um convite à construção de um futuro mais igualitário e representativo.
Portanto, a mensagem de Daniel Munduruku na Feira do Livro ecoa como um lembrete de que a literatura não é apenas uma prática estética, mas uma ferramenta de transformação social, capaz de moldar o pensamento crítico e a empatia nas próximas gerações.
Com informações da EBC
Fotos: / EBC