O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, está enfrentando um problema humanitário que envolve mais de 290 imigrantes retidos em uma área restrita. A maioria desses imigrantes é proveniente da Índia, e a situação tem chamado a atenção das autoridades locais. O Ministério Público Federal de São Paulo convocou uma reunião de emergência com diversos órgãos, incluindo a Polícia Federal e a Agência da ONU para Refugiados, para discutir a situação.

Essa área restrita é onde os imigrantes aguardam a solicitação de refúgio ou a repatriação para seus países de origem, pois ainda não foram autorizados a entrar oficialmente no Brasil devido à falta de visto ou documentos. O MPF descreveu essa situação como uma nova crise humanitária no aeroporto, que já havia enfrentado um grande fluxo de pessoas do Afeganistão e do Vietnã.

Segundo relatos do MPF, cerca de 400 imigrantes estiveram retidos na área de imigração, muitos deles indianos, além de outros cidadãos de países como Nepal. A principal causa dessa situação parece ser a dificuldade de liberação de entrada devido a problemas no Sistema Nacional de Processamento de Pedidos de Refúgio. O Ministério da Justiça e Segurança Pública está trabalhando para solucionar essas instabilidades e agilizar o processamento dos pedidos.

A prefeitura de Guarulhos informou que o Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante ainda não foi oficialmente notificado sobre essa situação. A Missão Paz, instituição de apoio a imigrantes, também esteve presente no aeroporto para oferecer assistência aos imigrantes retidos. O cenário é complexo e semelhante a situações observadas em outros países, mas a instabilidade no sistema de processamento de pedidos de refúgio tornou a situação mais desafiadora no Brasil. A Agência Brasil está aguardando um posicionamento oficial da Acnur e da concessionária do aeroporto.

Com informações da EBC
Fotos: © Rovena Rosa/Agência Brasil / EBC