Recentemente, a retratação do CEO mundial do Carrefour em relação à restrição de compras de carnes da América do Sul, incluindo do Brasil, não foi suficiente para amenizar a situação e a desavença persiste entre a empresa e o agronegócio brasileiro. A Abrasel considerou o recuo do CEO como incompleto e as desculpas apresentadas não foram capazes de reparar os danos causados à imagem do agronegócio nacional.
A decisão da rede de varejo de restringir as compras de carne sul-americana foi considerada injustificada pela Abrasel. Além disso, essa atitude transmitiu um sinal equivocado sobre a integridade de uma cadeia produtiva essencial não apenas para a economia brasileira, mas também para a alimentação global.
O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, enfatizou que a postura do Carrefour e as declarações do CEO mundial desrespeitam a qualidade e o compromisso do agronegócio brasileiro com a sustentabilidade. Ele ressaltou que não é aceitável que narrativas distorcidas prejudiquem um setor que é referência mundial e sustenta milhões de famílias no país.
Mesmo com o impacto quantitativo irrisório da suspensão das compras brasileiras por parte do Carrefour, a atitude da empresa foi considerada demagógica em relação aos agricultores franceses. A Abrasel concordou com a posição do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, classificando a retratação como “muito fraca” e destacando a necessidade de uma reação mais contundente por parte do governo e das instituições brasileiras.
Enquanto o Carrefour adota essa postura questionável, o mercado brasileiro permanece amplamente abastecido por redes de atacado e varejo que confiam e valorizam a excelência da produção nacional. A Abrasel reforçou seu apoio ao agro brasileiro e continua ativa na defesa dos interesses do setor, que tem um papel fundamental na economia do país.
Com informações e fotos da Abrasel/BR