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Copom interrompe cortes e mantém juros em 10,5% contra cenário econômico incerto.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 10,5% ao ano, interrompendo assim uma sequência de cortes iniciados há cerca de um ano. A decisão do Copom era amplamente esperada pelos analistas financeiros devido à recente alta do dólar e ao aumento das incertezas econômicas.

Após reduzir a Selic por sete vezes consecutivas, o Copom decidiu manter a taxa de juros estável. A última redução havia sido de 0,25 ponto percentual em maio, um sinal de que a velocidade dos cortes vinha diminuindo.

A decisão unânime do Copom foi motivada pelo cenário global incerto e pelo fato de que a alta da inflação doméstica e as expectativas desancoradas exigem maior cautela. O comunicado divulgado pelo Copom ressaltou que os indicadores de atividade econômica e mercado de trabalho apresentam um dinamismo maior do que o esperado, enquanto a inflação ao consumidor segue em desinflação, embora as medidas de inflação subjacente estejam acima da meta.

O ciclo de aperto monetário que elevou a Selic por 12 vezes consecutivas de março de 2021 a agosto de 2022 foi interrompido quando a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete reuniões seguidas. A taxa Selic estava em seu menor patamar em agosto de 2020, a 2% ao ano, como parte de um estímulo à economia para enfrentar a crise gerada pela pandemia de covid-19.

Com a inflação oficial medida pelo IPCA acumulando alta de 3,93% em 12 meses, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, a decisão do Copom de manter a taxa Selic está alinhada ao objetivo de controlar a inflação. A redução da Selic tem impacto direto na economia, estimulando a produção e o consumo com crédito mais barato, mas também traz o desafio de controlar a inflação.

As projeções do mercado indicam um cenário de crescimento moderado da economia em 2024, com a taxa Selic servindo como importante instrumento para garantir a estabilidade econômica e o controle da inflação. O próximo relatório de inflação a ser divulgado no fim de junho trará novas análises sobre o cenário econômico que poderão balizar as próximas decisões do Copom em relação à taxa Selic.

Com informações da EBC
Fotos: © Marcello Casal JrAgência Brasil / EBC

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