Em um significativo ato de mobilização, cerca de 3.000 indígenas se reuniram em Belém, no estado do Pará, em resposta à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30. Este evento, que ocorrerá entre os dias 11 e 22 de novembro, tem como objetivo não apenas discutir questões climáticas, mas também ressaltar a importância das vozes indígenas nas discussões sobre meio ambiente e mudanças climáticas.

Os representantes de diversas etnias indígenas, que vieram de várias partes do Brasil, estão organizados em um grande acampamento na cidade. Este momento se traduz em uma oportunidade valiosa para a troca de saberes e experiências entre as culturas indígenas, além de possibilitar a apresentação de demandas comuns. Os indígenas estão engajados na luta por um futuro sustentável, destacando suas práticas ancestrais de cuidado com a natureza e propondo que suas vozes sejam ouvidas nas tomadas de decisão que impactam diretamente suas terras e modos de vida.

A presença dos povos originários nessa conferência é uma maneira de afirmar sua luta por direitos e a preservação de suas culturas. As comunidades organizadoras planejam uma série de atividades, que incluem reuniões e debates, visando aumentar a conscientização sobre questões como desmatamento, exploração econômica e a degradação ambiental das suas terras, temas frequentemente afetados por políticas públicas inadequadas.

Além disso, o acampamento servirá como um espaço de resistência e visibilidade, onde os indígenas poderão compartilhar suas narrativas e desafios enfrentados devido à degradação ambiental e à luta por reconhecimento de seus territórios. Essa grande mobilização também chama a atenção da sociedade civil e de autoridades, ressaltando a necessidade urgente de políticas que incluam a perspectiva indígena na agenda ambiental.

O evento representa uma etapa crucial para que os povos indígenas reafirmem a sua luta pela preservação do meio ambiente e pela valorização de suas culturas. A participação ativa na COP30 é, portanto, um chamado não apenas à ação, mas também à construção de um futuro mais justo e equilibrado para todos, onde as vozes daqueles que habitam a terra há milênios sejam verdadeiramente ouvidas e respeitadas.

Com informações da EBC
Fotos: / EBC