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COP30: Bancos de Desenvolvimento e Desafios do Financiamento Climático no Brasil

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No atual cenário em que o financiamento climático ocupa um espaço central nas negociações globais, as instituições públicas brasileiras estão intensificando esforços para promover uma transição ecológica justa e abrangente. Nesse contexto, aconteceu em Belém (PA), durante a COP30, no Pavilhão Brasil, um painel promovido pelo Instituto Escolhas, que se dedica a pesquisas sobre desenvolvimento sustentável. O evento, intitulado “O papel dos bancos de desenvolvimento e do orçamento público no financiamento climático: desafios e oportunidades para a transformação ecológica brasileira”, reuniu especialistas e representantes de bancos de desenvolvimento.

O objetivo principal do debate foi explorar maneiras de estruturar instrumentos financeiros que impulsionem investimentos verdes e reforcem a liderança do Brasil na pauta climática. O Banco do Nordeste destacou-se por sua participação ativa, representado por Kleber de Oliveira, gerente executivo do Ambiente de Políticas de Desenvolvimento Sustentável. Oliveira compartilhou a visão da instituição sobre a importância estratégica das finanças públicas no desenvolvimento sustentável da região. Desde 2023, o banco tem direcionado R$ 15,4 bilhões para projetos de energia renovável, com mais de 70% dos investimentos classificados como de contribuição social, ambiental e climática, conforme a taxonomia verde da Febraban.

Durante o evento, Oliveira enfatizou o compromisso do Banco do Nordeste em aplicar integralmente os recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) anualmente. O banco foca em sustentabilidade e proteção ambiental, além de apoiar a transição energética e oferecer recursos não reembolsáveis por meio do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do Fundo de Sustentabilidade.

O debate também abordou a integração entre políticas fiscais e crédito público sustentável, baseando-se no Plano de Transformação Ecológica e no Plano Clima do Governo Federal. Entre os desafios identificados, ressaltou-se a ampliação de recursos para combater o desmatamento, restaurar ecossistemas, fortalecer a agricultura sustentável e assegurar sistemas alimentares resilientes.

A dimensão socioambiental foi igualmente abordada, com Alexandre Pires, do Ministério do Meio Ambiente, destacando a importância da Caatinga dentro do quadro nacional. Pires lembrou que este bioma abriga 28 milhões de pessoas, e quando considerado o Semiárido, alcança 40 milhões de indivíduos afetados pela desertificação. Ele enfatizou a urgência de investir na restauração da Caatinga, que já perdeu quase 45% de sua vegetação nativa, como uma medida crucial na agenda climática.

A discussão apontou para um caminho de fortalecimento das finanças climáticas no Brasil, em prol de uma transição ecológica que considere tanto aspectos ambientais quanto socioeconômicos.

Com informações do Banco do Nordeste – BNB
Fotos: BNB

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