A leptospirose tornou-se uma preocupação para as autoridades de saúde do Rio Grande do Sul após as enchentes que assolaram o estado. Recentemente, a Secretaria da Saúde confirmou a oitava morte causada pela doença. Dessa vez, a vítima foi um homem de 31 anos, residente em São Leopoldo, que ficou exposto por muito tempo à água contaminada.
De acordo com os relatórios do Centro Estadual de Vigilância Sanitária, há ainda 12 mortes sob investigação. Em meio às enchentes, foram notificados mais de 2.500 casos da doença, dos quais cerca de 6% foram confirmados.
A leptospirose é uma doença bacteriana transmitida por animais infectados, principalmente ratos, através da urina. A exposição à água contaminada e lama durante enchentes aumenta significativamente o risco de infecção. Os sintomas iniciam entre cinco e 14 dias após a exposição e podem incluir febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo e calafrios.
Diante desse cenário, a população precisa estar alerta e adotar medidas preventivas. Evitar contato com água de enchentes, lama e esgoto, usar equipamentos de proteção adequados, como luvas e botas, ao lidar com esses ambientes e jamais consumir alimentos ou água que possam estar contaminados. Além disso, é fundamental procurar atendimento médico ao apresentar qualquer sintoma associado à leptospirose.
A Secretaria da Saúde também recomenda que os profissionais de saúde estejam atentos a outros sinais da doença, como tosse, falta de ar, vômitos frequentes e alterações urinárias. Caso haja suspeita de leptospirose, é essencial iniciar o tratamento imediatamente.
Diante do cenário de calamidade, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, faz um apelo à população para que busque ajuda médica ao menor sinal de contaminação, pois o tratamento precoce pode evitar complicações sérias decorrentes da doença. Ademais, orientações detalhadas sobre o manejo da leptospirose e outros riscos à saúde após as enchentes foram disponibilizadas pela Secretaria da Saúde, com o intuito de auxiliar na prevenção e tratamento adequado em casos de contaminação.
Dessa forma, é fundamental que a população esteja ciente dos riscos e adote as medidas recomendadas para evitar a propagação da leptospirose e outras doenças associadas às enchentes. A prevenção e a pronta assistência médica são essenciais para mitigar os impactos dessas situações de emergência na saúde da população afetada.
Com informações da EBC
Fotos: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / EBC