Uma comunidade quilombola em Goiás tem se mobilizado em busca de uma mudança significativa: a saída de fazendeiros que, segundo os integrantes da comunidade, ocupam áreas que são tradicionalmente reivindicadas por eles. O reconhecimento oficial dessa comunidade ocorreu após um longo processo que envolveu luta e persistência por parte dos moradores, que buscam o respeito às suas tradições e direitos.

Os representantes da comunidade afirmam que, ao longo dos anos, enfrentaram uma série de desafios, desde a resistência de proprietários de terras até a falta de apoio governamental. Com o reconhecimento formal, a expectativa é de que se amplie a proteção legal sobre suas terras, bem como a preservação de suas heranças culturais. Neste cenário, a reivindicação para que as terras ocupadas indevidamente sejam devolvidas é central.

Membros da comunidade destacam a importância de sua cultura e história, que remontam à época da escravidão, quando ancestrais foram trazidos para a região. Nesse sentido, a luta não é apenas por terras, mas também por dignidade e o reconhecimento de sua identidade enquanto povo. Eles clamam por uma solução que não apenas conceda a propriedade da terra, mas também garanta o direito de viver de acordo com suas tradições.

Além disso, a situação é complexa, uma vez que os fazendeiros argumentam que têm direitos sobre as terras que cultivam. Esse impasse gera tensões e o debate sobre a questão é acalorado, envolvendo não apenas os diretamente afetados, mas também o poder público. Por isso, o diálogo entre as partes é visto como essencial para uma resolução pacífica e justa.

Enquanto isso, a comunidade continua a se organizar e a mobilizar apoio de diversas esferas, buscando aliados na luta por seus direitos. O futuro da terra e da própria identidade da comunidade quilombola agora depende de acordos, diálogos e, principalmente, do respeito às leis que protegem os direitos dos povos tradicionais. A esperança é de que essa batalha por reconhecimento e justiça comece a render frutos, promovendo um ambiente de paz e resiliência para os que ali vivem.

Com informações da EBC
Fotos: / EBC