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Centro de bionegócios da Amazônia: mercado de tecnologia sustentável em expansão modela economia.

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O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), localizado em Manaus, tem se destacado ao desenvolver modelos de negócios inovadores e sustentáveis, com base na rica biodiversidade encontrada na maior floresta tropical do mundo. Essa iniciativa tem impulsionado a transição para uma economia verde, ao mesmo tempo em que contribui para o desenvolvimento de comunidades tradicionais e povos originários da região.

No ano de 2023, o CBA passou por uma reestruturação, deixando de ser apenas um Centro de Biotecnologia para se tornar um Centro de Bionegócios. Essa mudança foi fundamental para ressaltar que o centro não se limita apenas à criação de produtos e soluções, mas também se configura como uma oportunidade para um mercado em expansão.

Com o apoio de um decreto presidencial, o CBA conquistou autonomia e desvinculou-se da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), passando a ser gerido pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea). Essa mudança possibilitou explorar novas oportunidades, transformando as pesquisas realizadas a partir dos recursos naturais da região em modelos de negócios promissores.

O Secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, destaca que um dos grandes desafios da política industrial brasileira é substituir insumos da indústria petroquímica por biomassa brasileira. Nesse contexto, os projetos de tecnologia sustentável desenvolvidos no CBA já têm gerado resultados concretos, como a produção de plástico a partir do ouriço da castanha do Brasil, que vem sendo utilizado na indústria automobilística.

Além disso, diversos outros projetos estão em negociação com setores diversos, como alimentício, farmacêutico, tecnológico, energético e agrícola. O objetivo é não apenas desenvolver pesquisas, mas também promover uma proposta de inovação aberta, por meio da incubação de escritórios e laboratórios de startups, visando fomentar o ambiente de negócios e impulsionar a economia local.

Outra preocupação do CBA é agregar valor aos produtos da biodiversidade desde o início da cadeia produtiva até o produto final, buscando melhorar a qualidade dos recursos e capacitar profissionais em cada etapa do processo. Um exemplo é a pesquisa realizada para a verticalização da cadeia do açaí, que resultou no desenvolvimento de uma bebida nutracêutica rica em compostos fenólicos, com propriedades antioxidantes.

Esse produto inovador já está em fase de estudo clínico, com interesse de empresas em comercializá-lo. Além disso, o CBA se preocupa em aproveitar os subprodutos gerados no processo de produção, como o desenvolvimento de produtos de panificação a partir dos resíduos da bebida de açaí, contribuindo para uma economia mais sustentável.

Atualmente, o CBA conta com uma estrutura de 26 laboratórios de pesquisa aplicada distribuídos em seis núcleos de operação, além de oferecer apoio às empresas por meio de uma central analítica. Com um contrato de gestão com o MDIC e a meta de captar recursos para investimento nas cadeias produtivas locais, o centro visa impulsionar ainda mais o desenvolvimento econômico e sustentável da região amazônica.

Com informações da EBC
Fotos: © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / EBC

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