A energia nuclear no Brasil tem buscado demonstrar sua segurança e eficiência, principalmente com a espera pela conclusão da Usina Angra 3. Localizada entre as cidades de Angra dos Reis e Paraty, a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto abriga as usinas Angra 1, 2 e 3 – essa última ainda em construção. A Eletronuclear, estatal responsável pela gestão das usinas, tem se empenhado em apresentar a energia nuclear como uma importante fonte energética.
O Observatório Nuclear, próximo à Central, oferece aos visitantes a oportunidade de entender o funcionamento das usinas nucleares por meio de objetos, simulações e painéis interativos. Um dos principais elementos expostos é uma réplica de reator, onde ocorre a fissão nuclear do urânio. Esses reatores funcionam de forma a aquecer a água para gerar vapor, que por sua vez aciona as turbinas que geram eletricidade. Esse processo é considerado limpo, uma vez que não emite gases poluentes.
No entanto, a geração de energia nuclear também resulta na produção de resíduos radioativos, como as pastilhas de urânio, que continuam a gerar calor e radiação mesmo após o uso. Esses resíduos precisam ser armazenados com segurança, e as usinas de Angra têm adotado medidas robustas para esse fim. Recentemente, iniciaram um processo de transferência do urânio usado para a Unidade de Armazenamento Complementar a Seco de Combustível Irradiado, o que garante mais espaço nas piscinas de resfriamento.
A Eletronuclear enfatiza que o transporte e armazenamento do combustível usado são realizados com total segurança, minimizando os riscos de exposição a radiações. Além disso, a estatal destaca que o Brasil ainda não adotou a reciclagem desse material, diferentemente de outros países. No tocante aos rejeitos radioativos, as usinas têm uma estrutura de armazenamento temporário, aguardando a definição de um local definitivo pela Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Por conta dos possíveis riscos associados à operação das usinas nucleares, a Eletronuclear promove simulados de emergência para preparar funcionários e comunidades vizinhas para eventualidades. Diante de críticas de grupos ambientalistas, a estatal reforça a importância dos protocolos de segurança e das medidas preventivas implementadas, especialmente após o acidente em Fukushima, no Japão. O licenciamento ambiental e o monitoramento constante das usinas pelo Ibama refletem o compromisso do Brasil em garantir a segurança e eficiência da energia nuclear no país.
Com informações da EBC
Fotos: © Tomaz Silva/Agência Brasil / EBC