No primeiro trimestre de 2024, o estado do Ceará emergiu como um proeminente produtor de frango e suíno no Brasil, impulsionando o crescimento econômico regional do Nordeste, que superou as médias nacionais nesses setores. Conforme informações provenientes do Informe Macroeconômico elaborado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), com base na Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, o estado registrou números expressivos na produção de frango e suíno.
A produção de frango no Ceará, por exemplo, atingiu a marca de 16,4 mil toneladas no primeiro trimestre de 2024, representando um acréscimo de 5,9% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A nível regional, o Nordeste obteve um total de 130,2 mil toneladas de carcaças de frango abatidas, indicando um crescimento de 3,2%. Em contrapartida, a produção nacional de frango teve uma retração de 2,6% no número de aves abatidas, evidenciando o bom desempenho do Ceará frente ao cenário nacional.
No que tange à produção de suínos, o estado cearense destacou-se ainda mais, registrando um incremento de 18,2% no rebanho, consolidando-se como o segundo maior rebanho da região Nordeste, com uma participação de 27,7%. O estado da Bahia lidera este segmento com 46,9% do rebanho regional. De maneira global, o Nordeste também superou a média nacional, com um aumento de 2,9% no número de cabeças de suínos abatidas, atingindo a soma de 4,4 milhões de animais durante o período.
O crescimento observado na produção avícola e suína do Ceará deve-se a diversos fatores, entre eles, a redução dos custos de produção e o posterior aumento do consumo interno. Hellen Leão, economista e pesquisadora do Etene, aponta que a elevação na produção de soja, que cresceu 2,3% no Nordeste em 2024 em comparação à safra anterior, em contraste com a retração de 3,3% registrada no restante do país, impactou positivamente na redução dos preços das commodities agrícolas. Outro fator relevante foi o aumento significativo na produção de milho no Ceará, que apresentou crescimento de 53,3%, enquanto a produção nacional caiu 14,5%. Esses dados influenciaram diretamente na diminuição dos custos de produção de frangos e suínos.
Em resumo, o Ceará não só destacou-se na produção de frangos e suínos, mas também contribuiu para que o Nordeste se sobressaísse na comparação com a média nacional, num período em que o setor enfrentou desafios econômicos significativos. Essa performance positiva evidencia a importância estratégica do estado e da região no mapa agropecuário do Brasil.
Com informações do Banco do Nordeste – BNB
Fotos: BNB