A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal decidiu adiar a análise do novo código eleitoral, o que gerou controvérsias e debates entre os senadores. A proposta de reforma traz mudanças significativas nas regras eleitorais do país, abordando temas como financiamento de campanhas, período de propaganda eleitoral, sistema eleitoral e possibilidade de reeleição para cargos do Executivo.

Dentre os pontos mais polêmicos do novo código eleitoral está a proposta de adoção do voto impresso. Alguns parlamentares defendem a medida como forma de garantir a transparência e a segurança do processo eleitoral, enquanto outros acreditam que essa mudança trará mais custos e burocracia, sem necessariamente melhorar a confiabilidade das eleições.

Além disso, o texto também prevê alterações no tempo de mandato dos senadores, reduzindo de oito para cinco anos, o que gerou divergências entre os parlamentares. Enquanto alguns defendem a mudança como uma forma de promover a renovação política e a alternância de poder, outros alegam que a diminuição do mandato pode prejudicar a estabilidade e a continuidade das políticas públicas.

Outro ponto de debate é a proposta de volta das coligações partidárias nas eleições proporcionais, o que dividirá opiniões entre os senadores. Enquanto alguns acreditam que as coligações podem fortalecer os partidos menores e incentivar a pluralidade de ideias no Congresso, outros temem que essa prática gere instabilidade política e dificulte a governabilidade.

Diante de tantas polêmicas e discordâncias, a CCJ optou por adiar a votação do novo código eleitoral, a fim de garantir mais tempo para debates e negociações entre os parlamentares. A expectativa é de que, nas próximas semanas, o texto seja novamente discutido e, quem sabe, possa ser aprovado com as devidas alterações que atendam aos interesses de todos os envolvidos.

Com informações da EBC
Fotos: / EBC