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Caso Miguel completa 4 anos sem conclusão: “tortura grande” diz mãe, Mirtes

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No dia 2 de junho de 2024, Mirtes Renata Santana completa quatro anos desde a perda trágica de seu filho, Miguel Otávio Santana da Silva, de apenas 5 anos de idade. O caso de Miguel chocou o país e deixou feridas profundas, não apenas em Mirtes e sua família, mas em toda a sociedade.

Miguel faleceu após cair de uma altura de 35 metros de um prédio no Recife, onde Mirtes trabalhava como empregada doméstica. O menino foi deixado sob a supervisão da patroa de Mirtes, Sarí Mariana Costa Gaspar Corte Real, que, desrespeitando as normas de segurança, o deixou sozinho em um elevador, resultando em sua morte trágica.

Ao longo desses quatro anos, Mirtes tem lutado incansavelmente por justiça para o caso de Miguel. A sua batalha tem sido marcada por decisões judiciais desfavoráveis e uma espera angustiante. A condenação de Sarí a oito anos e meio de prisão por abandono de incapaz fica marcada como um marco nesse processo, mas sua permanência em liberdade mesmo após a condenação é motivo de revolta e frustração para Mirtes.

A luta de Mirtes não se resume apenas à busca por justiça para Miguel. Ela se engajou em movimentos antirracistas e encontrou nas conexões com outras mães que passaram por experiências semelhantes um apoio fundamental. Esse vínculo de solidariedade e luta mútua tem sido uma fonte de força para ela, que encontra no ativismo uma forma renovada de enfrentar o sofrimento e a injustiça.

A espera pela conclusão do caso de Miguel tem sido um verdadeiro teste de resistência e paciência para Mirtes. A demora no andamento do processo, a redução da indenização e da pena de Sarí, a falta de respostas concretas do Estado e a sensação de impunidade têm contribuído para um cenário de sofrimento contínuo.

Apesar de todas as dificuldades, Mirtes segue firme em sua busca por justiça. Sua decisão de cursar Direito, não como um sonho pessoal, mas como uma necessidade para compreender o processo de seu filho e ajudar outras pessoas, revela uma dimensão de sua dedicação e comprometimento com a causa.

Neste momento em que o caso de Miguel completa quatro anos sem conclusão, é fundamental lembrar que por trás de cada processo judicial há vidas reais, histórias de dor e luta por justiça. Mirtes representa não apenas a voz de uma mãe que perdeu seu filho de forma trágica, mas a voz de tantas outras mães que enfrentam o mesmo caminho árduo em busca de verdade e reparação. É preciso que a sociedade mantenha viva a memória de Miguel, apoie a luta de Mirtes e pressione por respostas efetivas e justas.

Com informações da EBC
Fotos: © Jc Penna/Instagram / EBC

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