O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) decidiu suspender temporariamente as exportações de carne de aves e produtos relacionados do Brasil. Essa medida preventiva foi tomada após a confirmação de um foco da Doença de Newcastle (DNC) em um estabelecimento de produção avícola comercial localizado no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.
A restrição imposta pelo Mapa se estende a 44 países, afetando as vendas desses produtos para diversos mercados internacionais. O Brasil é um importante exportador de carne de aves, e essa suspensão pode impactar significativamente o setor e a economia do país.
A certificação necessária para a exportação de carnes de aves é um acordo bilateral entre os países parceiros, e, diante da situação, o ministério optou por modificar o Certificado Sanitário Internacional (CSI) para garantir o cumprimento dos requisitos acordados.
Seguindo as regras internacionais de comércio de aves e seus produtos, a suspensão temporária da certificação é uma forma de demonstrar transparência por parte do serviço oficial brasileiro aos países importadores. Essas parcerias comerciais são essenciais para o país, e a suspensão das exportações pode prejudicar o relacionamento com essas nações.
A suspensão das exportações de carne de aves e produtos correlatos afeta diferentes países de maneiras variadas. Para mercados como China, Argentina, Peru e México, a suspensão se aplica a todo o território brasileiro, enquanto para outros países como África do Sul, Albânia e Chile, a restrição é específica para o estado do Rio Grande do Sul.
Produtos como carne fresca, ovos, carne para alimentação animal, preparados de carne e derivados de sangue são alguns dos itens afetados pela suspensão das exportações. Além disso, a restrição varia de acordo com a localização geográfica dos focos da DNC, com regiões específicas tendo impacto direto sobre a exportação.
A reavaliação diária das regras de suspensão pelo Mapa mostra a preocupação do governo em manter a transparência e as boas práticas no comércio internacional de carne de aves. Essa situação reforça a importância do controle sanitário e da segurança alimentar em toda a cadeia produtiva.
O Rio Grande do Sul, terceiro maior exportador de carne de frango do Brasil, sofre diretamente com essa suspensão, já que as exportações desse produto são essenciais para a economia local. Nos primeiros seis meses do ano, o estado exportou 354 mil toneladas de carne de frango, gerando uma receita significativa.
Os principais destinos das exportações de carne de frango gaúcha são os Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, China e Japão, o que mostra a importância desses mercados para a economia do estado. Essa suspensão temporária das exportações pode ter um impacto negativo tanto na indústria avícola quanto na balança comercial do Brasil como um todo. É necessário agir rapidamente para controlar o foco da DNC e retomar as exportações o mais breve possível.
Com informações da EBC
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