O Brasil lidera o ranking de dengue em 2024, com quase 6,3 milhões de casos prováveis da doença, dos quais mais de 3 milhões já foram confirmados em laboratório. Esses números alarmantes colocam o país em uma posição preocupante em relação à propagação desse vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
Em comparação com outros países da América do Sul, a Argentina ocupa o segundo lugar, com 420 mil casos prováveis de dengue, seguida pelo Paraguai, com 257 mil, e Peru, com quase 200 mil casos prováveis. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou esses dados que indicam uma situação crítica de transmissão ativa da dengue em 90 países ao redor do mundo.
Nos últimos cinco anos, tem sido observado um aumento substancial de casos de dengue globalmente, sendo que nas Américas esse aumento tem sido ainda mais significativo. A região ultrapassou a marca de 7 milhões de casos de dengue no final de abril de 2024, superando os 4,6 milhões de casos registrados em todo o ano anterior.
A OMS destaca que todos os quatro sorotipos de dengue têm sido detectados nas Américas este ano, apresentando um desafio adicional para o controle da doença. Além disso, a sobrecarga do sistema de saúde de muitos países endêmicos de dengue pode subestimar o verdadeiro impacto da doença a nível mundial, ressaltando a importância de uma vigilância mais eficaz em tempo real.
A entidade recomenda a vacinação como parte integrante da estratégia de combate à dengue, ao lado do controle de vetores e do envolvimento comunitário. A vacina Qdenga, desenvolvida pela Takeda e utilizada no Brasil, tem sido aplicada em crianças e adolescentes como medida de prevenção. No entanto, a disponibilidade limitada de doses tem restringido a vacinação a uma faixa etária específica.
Além da dengue, a sobreposição de casos de chikungunya e zika, também transmitidos pelo Aedes aegypti, aumenta a complexidade no diagnóstico e manejo dessas arboviroses. A vigilância integrada dessas doenças é fundamental para um controle eficiente e preciso do verdadeiro impacto de cada uma delas, especialmente em populações de risco como mulheres grávidas.
Portanto, medidas urgentes e integradas são necessárias para enfrentar o desafio contínuo representado pela propagação dessas doenças transmitidas por mosquitos. A colaboração internacional e a adoção de estratégias abrangentes são essenciais para reduzir o impacto da dengue, chikungunya e zika, protegendo a saúde e o bem-estar das populações afetadas.
Com informações da EBC
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