O governo brasileiro está se preparando para implementar uma proposta de tributação das grandes empresas de tecnologia, conhecidas como big techs, como parte de um acordo internacional. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até o momento, apenas os Estados Unidos não assinaram o acordo de taxação dessas empresas.
Haddad ressaltou que a falta de regulamentação dos EUA pode resultar em prejuízos para outros países, como Brasil, Itália e Espanha, que já firmaram o acordo. Mesmo sem a adesão dos EUA, o governo brasileiro planeja enviar a proposta ao Legislativo ainda este ano.
A taxação das big techs é um tema importante e está elencado como um dos pilares da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que propõe uma taxa mínima de 15% para multinacionais. Essa medida, de acordo com a OCDE, poderia gerar uma arrecadação de US$ 200 bilhões por ano em todo o mundo. Alguns países, como Japão e Coreia do Sul, já estão adotando essa tributação.
O ministro Haddad destacou a importância de o Brasil regular as atividades das big techs com base nas melhores práticas internacionais. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um requerimento para que o ministro da Fazenda forneça mais informações sobre como será feita essa taxação das grandes empresas de tecnologia.
Com a ascensão das empresas de tecnologia, o mercado mundial tem visto uma mudança significativa, sendo que atualmente as grandes empresas de tecnologia da informação são as mais valiosas do mundo. Com isso, é essencial que haja uma regulação adequada dessas empresas para garantir a equidade e a justiça no mercado econômico global. Em breve, o Brasil poderá adotar medidas que visam garantir a tributação justa das big techs, seguindo as diretrizes internacionais.
Com informações da EBC
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