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Bares e restaurantes apresentam recuperação em outubro, com queda no número de prejuízos.

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O setor de alimentação fora do lar experimentou uma recuperação significativa em outubro, conforme revela a mais recente pesquisa realizada pela Abrasel, divulgada em novembro. Após um mês anterior marcado por um cenário desafiador, onde 27% das empresas operavam no vermelho — resultado mais alarmante desde fevereiro — a situação deu uma guinada positiva. Neste último mês, somente 20% permanecem nessa condição, enquanto 40% conseguiram lucrar, um aumento expressivo em relação aos 33% de setembro.

Esse otimismo é corroborado pelo Índice Abrasel-Stone, que registrou um crescimento de 1,6% nas vendas em comparação com o mês anterior. De acordo com Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, essa melhora está diretamente associada à recuperação da confiança do consumidor, abalada pela crise relativa às bebidas adulteradas com metanol. Ele enfatiza que outubro foi um mês de consistência positiva para o setor, com menos empresas enfrentando dificuldades financeiras e um aumento notável no número de estabelecimentos que conseguiram operar no azul.

Outro fator que contribuiu para esse cenário otimista foi a capacidade das empresas de repassar a inflação para seus cardápios. Dados do IPCA mostram que o setor de alimentação fora do lar teve uma alta de 0,46%, superando o índice geral de 0,09%. Essa habilidade de aumentar os preços, embora ainda tímida, ajudou a recuperar uma parte das margens de lucro que haviam sido comprometidas.

Entretanto, a pesquisa também aponta que um percentual significativo de 39% das empresas não foram capazes de realizar ajustes nos preços ao longo dos últimos 12 meses. Além disso, 35% das empresas apenas acompanharam a inflação, enquanto 18% não conseguiram acompanhar e 8% impuseram aumentos superiores. Isso sugere que, mesmo em um ambiente mais favorável, muitos estabelecimentos continuam operando em condições financeiras apertadas, temendo a perda de clientes devido a possíveis aumentos nos preços.

No que diz respeito ao endividamento, a pesquisa revela que 35% das empresas têm pagamentos em atraso, uma redução em comparação com 41% no mesmo período do ano anterior. Contudo, a natureza das dívidas permanece preocupante: impostos federais são responsáveis por 72% das pendências, seguidos por tributos estaduais (49%), empréstimos bancários (38%) e encargos trabalhistas e previdenciários (30%).

Essa recuperação no setor, mesmo com desafios ainda a serem enfrentados, é um sinal encorajador para o futuro da alimentação fora do lar no Brasil. A expectativa de melhorias adicionais pode continuar impulsionando o crescimento desse importante segmento da economia.

Com informações e fotos da Abrasel/BR

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