No cenário promissor da aquicultura sustentável, um projeto inovador de criação de camarões em cativeiro em Alagoas destaca-se por sua abordagem ecológica e aumento significativo de produtividade. Com o apoio financeiro do Banco do Nordeste, a fazenda Boca do Rio, localizada em Maragogi, sob a gestão de Maurício Acioli, fortalece seu compromisso com a produção sustentável. O financiamento, proveniente do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) através da linha Aquipesca, possibilitou um plano ambicioso de expansão e modernização que promete elevar a produção anual de 96 mil kg para 160 mil kg de camarão.
O projeto inclui a construção de oito novos viveiros, o que aumenta em mais de 60% a capacidade de armazenamento dos crustáceos. Um dos diferenciais desta inovação é a instalação de geomembranas, que garantem uma barreira impermeável, prevenindo contaminação do solo e preservando os lençóis freáticos. Esta solução não só aprimora as condições de cultivo, reduzindo a mortalidade dos camarões, mas também promove a sustentabilidade ao minimizar o uso de água e energia.
Rodolfo Ramyres Damasceno, gerente de relacionamento da agência do Banco do Nordeste em Maragogi, ressalta a importância desse projeto para a região, destacando a qualidade do produto final e a geração de empregos. Os investimentos tendem a acelerar o mercado local, ao atender um público que valoriza a segurança alimentar e a excelência no produto.
Com uma experiência de mais de 20 anos, Maurício Acioli é considerado um líder no setor, reconhecido pela Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC). Desde 2009, sua fazenda é vista como uma das mais produtivas do Brasil por hectare. Em busca de contínua inovação, Acioli realiza frequentes visitas técnicas a países como Tailândia, Filipinas, México e Equador, importando práticas sustentáveis aplicadas em sua produção.
Entre as tecnologias implementadas estão o uso de probióticos, sistema de troca mínima e recirculação de água, além de bacias de decantação para tratamento de resíduos. “A adoção de métodos asiáticos contribui para um sistema de produção mais eficiente e ambientalmente correto”, destaca Acioli. Com o apoio robusto do Banco do Nordeste, ele reforça seu compromisso em liderar a carcinicultura sustentável, promovendo um desenvolvimento socioeconômico responsável e inovador para Alagoas.
Com informações do Banco do Nordeste – BNB
Fotos: BNB