A pesquisa realizada pelo Banco Central busca aprofundar a compreensão do cenário econômico brasileiro, especificamente no que diz respeito à percepção das empresas não financeiras sobre suas próprias condições de negócio e as variáveis econômicas que têm impacto em suas decisões.
O estudo, denominado Pesquisa Firmus, encontra-se em sua fase piloto e tem como objetivo avaliar a eficácia das perguntas formuladas para os empresários do setor não financeiro. Os resultados obtidos no mês de maio de 2024 indicam que a maioria dos participantes desse grupo enxerga a situação econômica do país de forma neutra (35,9%) ou discretamente positiva (33,7%), com apenas 28,3% demonstrando um sentimento negativo em relação à conjuntura atual.
Quanto às expectativas de crescimento real do setor em comparação com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), 34,8% dos empresários acreditam que terão um desempenho “discretamente acima” do PIB, enquanto 30,4% esperam se manter na mesma proporção. Além disso, a pesquisa revela que a maioria dos entrevistados projeta um crescimento real do PIB em torno de 2% para o ano de 2024, com a inflação fechando em torno de 4%.
No que diz respeito aos custos de mão de obra, a maioria dos empresários espera um aumento entre 4% e 6% nos próximos 12 meses. Quanto aos preços de produtos, 41,3% acreditam que estarão alinhados com a inflação projetada, enquanto 32,6% esperam um aumento discreto acima da inflação. Além disso, as expectativas de resultados empresariais para o próximo ano variam, com uma parcela significativa projetando resultados acima dos atuais.
A pesquisa, que ouviu 92 empresários de setores não financeiros, será divulgada trimestralmente pelo Banco Central. Embora ainda esteja em fase piloto, as análises apontam para uma clareza na percepção dos empresários e uma abrangência nas variáveis econômicas consideradas para suas decisões.
Com informações da EBC
Fotos: © José Cruz/Agência Brasil/Arquivo / EBC