Recentemente, um médico especializado em cirurgia bariátrica destacou que a redução no índice de massa corporal (IMC) necessário para a realização do procedimento foi um dos principais avanços trazidos pela nova resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A medida, que altera os critérios de elegibilidade para a cirurgia, foi recebida com entusiasmo por profissionais da área e pode beneficiar uma ampla gama de pacientes que sofrem com a obesidade e suas complicações.

De acordo com o especialista, a diminuição do IMC mínimo, que anteriormente estava fixado em 40, agora permite que pessoas com IMC de 35, que apresentem comorbidades associadas, possam ser consideradas para a operação. Essa mudança é relevante, uma vez que a obesidade é uma condição que pode levar a problemas de saúde graves, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. Assim, a nova diretriz busca não apenas melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas também prevenir complicações futuras que podem resultar em um aumento do custo total do tratamento.

A cirurgia bariátrica é um procedimento complexo que deve ser cuidadosamente avaliado em conjunto com uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, nutricionistas e psicólogos. A nova resolução também enfatiza a importância da avaliação psicológica pré-operatória, reconhecendo que a saúde mental é fundamental para o sucesso a longo prazo da cirurgia. Por isso, espera-se que a redução do IMC para a elegibilidade leve a um aumento na demanda por tratamentos e acompanhamento psicológico.

Além das implicações diretas para os pacientes, essa mudança também pode refletir uma evolução no entendimento sobre a obesidade como uma doença. O reconhecimento de que pessoas com IMC mais baixo, mas que enfrentam problemas de saúde relacionados à obesidade, merecem a chance de intervenção cirúrgica, indica um avanço no tratamento dessa condição.

Por fim, o médico alerta que a efetividade da bariátrica não se limita apenas ao procedimento cirúrgico em si; o acompanhamento pós-operatório é crucial para garantir que os pacientes adotem um estilo de vida saudável e sustentem a perda de peso ao longo do tempo. A nova resolução da ANS abre portas para um maior número de pessoas, permitindo que elas busquem mudanças significativas em suas vidas.

Com informações da EBC
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