No mês de julho, a arrecadação federal bateu recorde ao atingir a marca de R$ 231,04 bilhões, representando um crescimento de 9,55% em comparação com o mesmo período do ano anterior, desconsiderando os efeitos da inflação. Esse resultado também se refletiu no acumulado do ano, que registrou um valor recorde de R$ 1,53 trilhão, com um acréscimo de 9,15% em relação aos primeiros sete meses do ano anterior.
Os dados divulgados pela Receita Federal revelam que as receitas administradas pelo órgão totalizaram R$ 214,79 bilhões apenas no mês de julho, o que representa um aumento real de 9,85%. No acumulado do ano, a arrecadação da Receita chegou a R$ 1,45 trilhão, com um aumento de 9,07%.
Esse desempenho positivo da arrecadação foi impulsionado por diversos fatores, como o comportamento da atividade produtiva e a tributação dos fundos exclusivos, além da atualização de bens e direitos no exterior. Destaca-se também o retorno da tributação do Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre combustíveis.
Por outro lado, alguns eventos atípicos impactaram a arrecadação, como a situação de calamidade no Rio Grande do Sul, que resultou na prorrogação dos prazos para o recolhimento de tributos em diversos municípios gaúchos afetados por uma série de enchentes. Essa prorrogação temporária levou a uma perda de arrecadação no acumulado do ano, apesar de ter gerado um aumento na arrecadação no mês de julho.
Além disso, a lei que altera o Imposto de Renda incidente sobre fundos de investimentos fechados e sobre a renda obtida no exterior por meio de offshores contribuiu para incrementar a arrecadação ao longo do ano. No total, a arrecadação extra proveniente dessas mudanças somou R$ 13 bilhões de janeiro a julho.
Em resumo, a arrecadação recorde registrada em julho reflete um cenário econômico favorável, marcado pelo crescimento da atividade produtiva e por medidas tributárias que contribuíram para impulsionar a arrecadação federal. Esses resultados positivos sinalizam uma recuperação gradual da economia e um fortalecimento das finanças públicas, mesmo diante de desafios e acontecimentos adversos que impactaram negativamente a arrecadação em determinados momentos.
Com informações da EBC
Fotos: © José Cruz/Agência Brasil/Arquivo / EBC