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Após baixarem, níveis do Guaíba e da Lagoa dos Patos preocupam moradores no RS.

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O nível do Rio Guaíba, localizado em Porto Alegre, continua a baixar e atingiu a marca de 2,91 metros às 9h deste domingo (9). Essa redução é a menor registrada desde 3 de maio, quando fortes temporais atingiram o Rio Grande do Sul, causando a maior tragédia climática da história do estado. Em contrapartida, a preocupação dos moradores da região sul permanece, uma vez que a água que escoa do Guaíba passa pela Lagoa dos Patos antes de desaguar no Oceano Atlântico.

Apesar da diminuição gradual do nível da Lagoa dos Patos nos últimos dias, a água ainda se encontra acima das cotas de inundação. Com a previsão da chegada de uma nova frente fria ao estado e consequentemente o retorno das chuvas, a situação pode se agravar. A Defesa Civil estadual alerta que a partir do próximo dia 15, há previsão de chuvas intensas (entre 150 mm e 200 mm ao longo de dois dias) nas regiões dos Vales, Serra, Litoral Norte e da Grande Porto Alegre.

Diante desse cenário, o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu um alerta de “alto risco hidrológico”, indicando a possibilidade de novas enchentes e inundações nas proximidades da foz da Lagoa dos Patos. Contudo, hidrólogos como Pedro Camargo destacam que a situação pode se manter estável, mesmo com o impacto das chuvas, sem necessariamente resultar em novos eventos catastróficos.

O secretário municipal de Transporte e Trânsito de São José do Norte, Jonas Costa, ressalta a importância de permanecer vigilante, considerando o estado ainda frágil da região após as intempéries recentes. Mesmo com a redução do nível da lagoa, muitos moradores ainda estão impossibilitados de retornar às suas casas, com diversos estabelecimentos comerciais e até mesmo uma agência bancária enfrentando dificuldades para retomar as atividades normais.

Portanto, diante das perspectivas de novas chuvas e a continuidade da situação de instabilidade, autoridades e moradores locais permanecem em alerta, atentos às possíveis mudanças no quadro climático que possam agravar a situação já delicada vivenciada na região. O monitoramento contínuo dos órgãos competentes se faz essencial para garantir a segurança e o bem-estar da população diante desses desafios climáticos.

Com informações da EBC
Fotos: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / EBC

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