A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou uma operação excepcional para a retirada das aeronaves que estavam presas no Aeroporto Internacional Salgado Filho, localizado em Porto Alegre, devido ao alagamento causado pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no mês passado. No último sábado (8), teve início a retirada de parte das 47 aeronaves que ficaram retidas no aeroporto.
O processo de remoção está sendo realizado de forma gradual e cuidadosa, e inicialmente, está prevista a retirada de 9 aeronaves. O aeroporto tomou a decisão de suspender suas operações em 3 de maio devido ao alagamento de todo o complexo aeroportuário, o que inclui as pistas de pouso e decolagem, bem como o saguão de passageiros.
Para que essa operação de retirada seja realizada, é necessária uma autorização especial da Anac, uma vez que o aeroporto permanecerá fechado pelo menos até dezembro, conforme informado pela concessionária Fraport Brasil, responsável pelo Salgado Filho. As empresas e os indivíduos responsáveis pelas aeronaves presas precisam aderir a um termo de responsabilidade para que a retirada ocorra de acordo com os protocolos estabelecidos.
A Anac enfatizou que, mesmo com a retirada das aeronaves, o aeroporto ainda não estará liberado para voos comerciais com passageiros, devido às condições atuais. Além disso, recentemente, foram iniciados os trabalhos de limpeza das instalações do aeroporto, assim que o rio Guaíba começou a baixar. A concessionária também iniciou testes e sondagens para avaliar a resistência do solo, um processo que deve durar pelo menos 45 dias.
Enquanto o Aeroporto Internacional Salgado Filho permanece fechado, voos comerciais foram autorizados a operar na Base Aérea de Canoas, localizada na região metropolitana de Porto Alegre. A previsão é de que o aeroporto de Porto Alegre reabra suas operações na segunda quinzena de dezembro. O restante das aeronaves retidas deverá ser removido sob supervisão da Fraport Brasil e em conformidade com as diretrizes da Anac.
Com informações da EBC
Fotos: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / EBC
