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Alta nos preços do ovo impacta negativamente bares e restaurantes no Brasil.

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Os empresários do setor de alimentação fora do lar estão enfrentando desafios decorrentes do aumento nos preços dos insumos, em especial do ovo de galinha. Diversos fatores contribuem para essa situação, como condições climáticas adversas, crescimento da demanda e elevação nos custos de matérias-primas como milho e farelo de soja. Essa conjuntura tem impactado diretamente os bares, restaurantes e, consequentemente, os consumidores.

Apesar do recorde na produção nacional de ovos em 2024, com um crescimento de 10% em relação ao ano anterior, os preços não foram contidos. A produção atingiu 1,2 bilhão de dúzias no quarto trimestre, o maior volume registrado pelo IBGE. Porém, o aumento dos custos e a expansão das exportações continuam impulsionando a elevação dos preços, afetando principalmente os pequenos negócios, que representam a grande maioria no setor de alimentação fora do lar no Brasil.

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, destaca que cerca de 85% dos estabelecimentos do setor são de pequeno porte, com margens apertadas e estruturas enxutas. Oscilações nos custos como a atual comprometem diretamente a sustentabilidade desses negócios. A situação é especialmente desafiadora para empreendimentos que dependem fortemente do ovo em suas receitas, como a confeitaria Bons Suspiros por Ana Salvá, em Cuiabá (MT), que utiliza grandes quantidades de claras em sua produção.

A dificuldade de repassar o aumento nos custos para os produtos é um problema compartilhado por muitos estabelecimentos do setor. Segundo uma pesquisa da Abrasel realizada em março, 32% dos empresários não conseguiram repassar os preços e 59% ajustaram os valores conforme ou abaixo da inflação. A capacidade de ajuste de preços no setor é limitada, e a rentabilidade dos negócios fica comprometida em um cenário de inflação e aumento generalizado de outros custos.

Diante desse cenário desafiador, estratégias para minimizar os impactos da inflação nos preços dos ovos são fundamentais. Redirecionar as vendas para pratos mais lucrativos e com menor uso de ovos, avaliar a substituição por versões líquidas ou em pó, controlar as perdas e desperdícios e negociar com fornecedores são alternativas apontadas por especialistas. Em casos em que o ovo representa uma parcela significativa dos custos, ajustes nos preços do cardápio podem ser inevitáveis para garantir a sustentabilidade dos estabelecimentos.

Com informações e fotos da Abrasel/BR

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