A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para tornar réu Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior, conhecido como “Ramiro dos Caminhoneiros”, acusado de convocar pessoas para participar de atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A denúncia foi feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, após investigações da Polícia Federal (PF), foi concluído que o investigado teve participação ativa e organizadora nos eventos.
Até o momento, três dos cinco ministros do colegiado votaram favoravelmente ao recebimento da denúncia. Além do relator, Alexandre de Moraes, os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia também se manifestaram nesse sentido. O julgamento está acontecendo de forma virtual e será finalizado na sexta-feira. Faltam os votos dos ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin.
Caso a denúncia seja aceita, Ramiro Alves passará à condição de réu e terá que responder por diversos crimes, como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A defesa do acusado alega que ele não organizou, financiou ou executou os atos golpistas, e que não estava presente em Brasília na data em questão.
A acusação contra Ramiro Alves é mais um capítulo das investigações relacionadas aos eventos controversos de 8 de janeiro de 2023. A decisão do STF em torná-lo réu mostra a seriedade com que as autoridades estão tratando esse tipo de manifestação e tentativas de desestabilização do Estado Democrático de Direito. A Justiça segue seu curso para esclarecer os acontecimentos e responsabilizar os envolvidos de acordo com a lei vigente.
Com informações da EBC
Fotos: © Joedson Alves/Agencia Brasil / EBC