O Instituto Médico Legal de São Paulo informou nesta quinta-feira (15) que finalizou o processo de identificação das 62 vítimas do trágico acidente aéreo envolvendo o avião da empresa Voepass. O acidente ocorreu na última sexta-feira (9) na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo, e, infelizmente, resultou na morte de todos os ocupantes da aeronave.
Os médicos-legistas responsáveis pela identificação das vítimas utilizaram principalmente o reconhecimento digital, além de consultarem o histórico odontológico em alguns casos. Surpreendentemente, não foi necessário recorrer a exames mais complexos de DNA para confirmar a identidade das vítimas.
Claudinei Salomão, superintendente da Polícia Técnico-Científica, destacou a eficácia do trabalho realizado: “Toda identificação prescindiu do exame complementar de DNA, porque essa expertise propiciou que os dados de encontro pericial nos corpos fossem objetivamente comparados com os dados preexistentes, sejam planilhas datiloscópicas ou imagens radiológicas prévias que essas vítimas já possuíam”.
O processo de identificação das vítimas foi conduzido de forma minuciosa e detalhada no IML Central de São Paulo, contando com a atuação de aproximadamente 40 profissionais, entre médicos e equipes especializadas em odontologia legal, antropologia e radiologia. Além disso, as equipes do Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD) também contribuíram para o sucesso desse trabalho.
Até o momento, 42 corpos já foram liberados para as famílias, que puderam iniciar o processo de despedida e sepultamento de seus entes queridos. A tragédia aérea em Vinhedo comoveu não apenas o Brasil, mas também repercutiu internacionalmente, com demonstrações de solidariedade e apoio às vítimas e seus familiares, inclusive por parte do Papa Francisco.
Com informações da EBC
Fotos: © Paulo Pinto/Agência Brasil / EBC