A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) manifestou seu descontentamento em relação à proposta de tributação seletiva sobre bebidas açucaradas durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados. O presidente da entidade, Paulo Solmucci, destacou a incoerência da medida, ressaltando que o açúcar, quando vendido como produto da cesta básica, é considerado essencial, mas quando utilizado em bebidas, é tratado como prejudicial à saúde.

Solmucci argumentou que a justificativa de combater a obesidade não se sustenta e alertou para os prejuízos que a medida causaria ao setor, que já enfrenta margens de lucro reduzidas e dificuldades para repassar os custos ao consumidor. Ele defendeu a exclusão das bebidas açucaradas da lista de produtos sujeitos à tributação seletiva, argumentando que a proposta é inconsistente e ineficaz.

Além disso, o presidente da Abrasel abordou as dificuldades enfrentadas pelos bares e restaurantes, que lutam para ajustar os preços conforme a inflação. A possível aprovação da tributação das bebidas açucaradas representaria mais um golpe para esses estabelecimentos, que já enfrentam desafios financeiros significativos.

Durante a audiência, Solmucci também defendeu a inclusão das apostas online na tributação seletiva, alertando para os problemas sociais decorrentes do vício em jogos entre os funcionários do setor. Ele ressaltou a importância de discutir questões sociais sérias na regulamentação da reforma tributária, a fim de abordar e prevenir situações de endividamento e dependência relacionadas ao jogo.

A Abrasel tem se posicionado de forma ativa em relação às medidas tributárias que impactam o setor de bares e restaurantes, buscando representar os interesses e preocupações dos empresários do ramo. A entidade continua acompanhando de perto a evolução dessas questões e se mantém engajada na defesa dos direitos e interesses dos associados.

Com informações e fotos da Abrasel/BR