Em 2025, o Brasil enfrenta um dos seus maiores desafios ambientais, marcado por um expressivo aumento nas áreas devastadas por queimadas. Até o mês de agosto deste ano, aproximadamente 1,7 milhão de hectares de terra já foram consumidos pelo fogo, colocando este ano como o quinto com mais queimadas registradas desde o início da série histórica, que se remonta a 1998.
Os dados alertam para uma tendência alarmante que se intensifica no período de seca, especialmente nas regiões da Amazônia e do Cerrado. Neste contexto, a vegetação nativa e ecossistemas vitais são severamente ameaçados, trazendo consequências devastadoras para a biodiversidade e o clima. Os incêndios florestais não apenas destroem habitats, mas também liberam grandes quantidades de carbono, contribuindo para o aquecimento global e a degradação da qualidade do ar.
Os números referentes às queimadas em 2025 tornam-se ainda mais preocupantes ao compará-los aos anos anteriores. A maior parte das queimadas ocorre em áreas da Amazônia, onde a pressão por desmatamento e atividades agropecuárias se intensifica. Em muitas ocasiões, essas queimadas são utilizadas como prática para abrir espaço para pastagens ou cultivo agrícola, uma prática que não apenas compromete a integridade dos ecossistemas, mas também ignora as legislações ambientais vigentes.
Além disso, há um componente social significativo neste cenário, visto que muitas comunidades dependem da floresta para a sua subsistência. A destruição dessa cobertura vegetal impacta diretamente os modos de vida e a cultura de diversas populações tradicionais. Organizações não governamentais e pesquisadores têm alertado para a necessidade urgente de ações mais rigorosas de preservação ambiental e políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis.
Em face desse quadro, torna-se essencial que o Brasil reavalie suas abordagens em relação ao manejo da terra e adote medidas eficazes para combater as queimadas. O fortalecimento da fiscalização, a educação ambiental e o incentivo a práticas agrícolas sustentáveis são passos cruciais para a preservação dos nossos biomas e para a construção de um futuro mais equilibrado e respeitoso com a natureza. É preciso unir esforços para deter esse ciclo vicioso de destruição e garantir a proteção dos nossos recursos naturais para as futuras gerações.
Com informações da EBC
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