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Exposição “Essência da Forma”: Artistas alagoanas em um encontro de cores e emoções

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No dia 26 de setembro, o showroom Líder, na Quartier Interiores, será palco da exposição “Essência da Forma”, um evento que celebra a arte contemporânea alagoana através dos trabalhos de três artistas: Ana Carolina Vasconcelos, Eva Le Campion e Patrícia Melro. Com estilos distintos, mas uma abordagem em comum sobre a exploração de sentimentos, formas e técnicas, a exposição promete encantar o público com obras que refletem a alma criativa de Alagoas.

Cada uma das artistas traz um universo próprio, desde as pinceladas orgânicas e emocionais de Ana Carolina Vasconcelos, até o olhar realista da vida de Eva Le Campion e a interpretação sensorial de Patrícia Melro com traços que transmitem emoção. “Essência da Forma” é uma oportunidade para o público alagoano se conectar com criações que, ao mesmo tempo que dialogam com o ambiente local, ultrapassam fronteiras e falam com o mundo.

A jornada criativa de Ana Carolina Vasconcelos

Uma das principais artistas em destaque na exposição, Ana Carolina Vasconcelos, compartilhou um pouco do seu processo criativo e das inspirações por trás das obras expostas. Seu trabalho, descrito como orgânico e sobre camadas, evolui constantemente em termos técnicos e emocionais. A série Primavera, que começou em 2023, reflete a profundidade de sua conexão com a natureza e a materialidade das emoções.

“A obra mais recente tem o título de Alegria, um mergulho mais profundo sobre a mente e a materialidade das emoções”, diz a artista, que vê na arte uma forma de revelar suas raízes e o impacto da luz e das cores que a cercam. Em suas criações, Ana Carolina utiliza uma variedade de técnicas, desde aquarela e tinta acrílica, até pigmentos naturais, sempre buscando novas formas de expressão.

Além disso, Ana Carolina tem fortes laços com a cultura artística alagoana, influenciada desde cedo por sua mãe, a arquiteta Ceres Vasconcelos, e pelas vivências entre artistas e exposições locais. “Essas vivências foram bem marcantes”, revela a artista, que enxerga nas cores e na luz de Alagoas uma fonte inesgotável de inspiração.

A importância da arte no cotidiano

Para Ana Carolina, a arte deve ser acessível e fazer parte do cotidiano. Por isso, ela valoriza a ideia de expor suas obras em espaços que fogem das tradicionais galerias de arte. A escolha do showroom Líder, um espaço que combina arte e design, faz com que a experiência de quem visita a exposição seja mais íntima e inspiradora.

Entre suas obras favoritas, Ana Carolina destaca Primavera de Antúrios, com pinceladas aquareladas que transmitem paz, e Alegria, sua criação mais recente e emocional, fruto de um processo mais demorado e técnico. A reação do público alagoano às suas obras é algo que a surpreende e encanta, especialmente pela maneira como cada pessoa interpreta suas criações a partir de suas próprias vivências.

“Adoro quando me falam sobre os sentimentos em relação às obras, que muitas vezes não são os meus”, comenta Ana Carolina, mostrando como a arte é capaz de despertar diferentes emoções em cada indivíduo.

A arte como forma de esperança

Ao refletir sobre o que espera que o público leve consigo ao visitar a exposição “Essência da Forma”, Ana Carolina cita uma frase do artista Gerhard Richter: “A arte é a forma mais elevada de esperança”. Para ela, essa esperança está presente em cada pincelada, em cada cor e em cada técnica que utiliza em suas obras, e é isso que ela deseja transmitir ao público que prestigiará a exposição.

Entrevista completa com Ana Carolina Vasconcelos

1. O que te inspirou a participar da exposição “Essência da Forma”?

Foi um convite do Luiz Felipe em nome do grupo Quartier. Já tinha algumas das minhas obras expostas lá, um espaço que adoro, com uma curadoria de mobiliário impecável.

2. Como você descreveria a essência do seu trabalho nesta exposição?

Nessa exposição algumas obras já tinham sido expostas, mas teremos inéditas também. Podemos ver um percurso nas obras.

3. Quais técnicas e materiais você utilizou para criar as peças que estão sendo exibidas?

A cada obra nova eu procuro experimentar e evoluir tecnicamente também. As pinturas são sobre telas, misturo técnicas de aquarela, tinta acrílica, bastão a óleo, pastel e experimentei também pigmentos naturais.

4. Há algum tema específico ou sentimento que você quis transmitir com suas obras?

Essas obras tiveram início na série Primavera, de 2023, quando entendi que meu trabalho é orgânico, sobre camadas, sobre raízes, essência, cores que nossa luz faz refletir diferente. A obra mais recente tem o título de Alegria, um mergulho mais profundo sobre a mente e a materialidade das emoções.

5. Como a arte contemporânea alagoana influencia seu processo criativo?

Sob forte influência estética da minha mãe, Ceres, arquiteta como eu, vivi desde muito cedo entre artistas alagoanos e exposições que íamos juntas. Essas vivências foram bem marcantes.

6. Quais são as principais dificuldades e prazeres em criar arte no contexto de Alagoas?

Valorizo muito nossa forma de viver, nossa luz, nossas cores, nossa história. Morei por alguns anos em outras cidades, e voltar pra cá depois de ter experimentado outros modos me trouxe um olhar mais atento ao tanto que temos. Hoje podemos nos conectar com o mundo inteiro, muitas portas já foram abertas.

7. Como você enxerga a importância de exposições como esta para a cena artística local?

A arte hoje possui diversas possibilidades menos engessadas que no passado. Não precisamos mais estar dentro de espaços delimitados para exposição. Gosto muito da possibilidade de expor de forma mais leve, em contato com designers que pensam o viver contemporâneo, visualizar as obras dentro de um espaço acolhedor e inspirador.

8. Há alguma obra nesta exposição que seja particularmente especial para você? Se sim, por quê?

*Primavera de Antúrios* é uma obra mais figurativa, com pinceladas aquareladas, que me traz paz. *Alegria*, a mais recente, tem um misto de técnicas, foi mais demorada e é mais emocional.

9. Como o público alagoano costuma reagir às suas criações? Há algo que te surpreenda?

Adoro quando me falam sobre os sentimentos em relação às obras, que muitas vezes não são os meus. A forma de cada um olhar e interpretar reflete suas próprias vivências.

10. O que você espera que as pessoas levem consigo ao visitar a exposição “Essência da Forma”?

Recentemente, uma frase do Gerhard Richter fez todo sentido pra mim: “A arte é a forma mais elevada de esperança”.

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