A saúde suplementar integrará seus dados à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) do SUS, permitindo que, a partir de outubro, usuários, profissionais e gestores acessem o histórico clínico dos pacientes.
O programa “Agora Tem Especialistas” marca um avanço significativo na transformação digital do Sistema Único de Saúde (SUS). Pela primeira vez, dados de atendimentos na rede pública e na saúde suplementar estarão disponíveis em uma única plataforma. Isso garantirá que cidadãos brasileiros tenham acesso facilitado a informações como exames, diagnósticos e tratamentos realizados tanto no SUS quanto em serviços conveniados.
Gestores e profissionais do SUS também contarão com um acesso unificado e seguro aos dados, favorecendo a continuidade do cuidado e a eficiência nas políticas públicas. A parceria entre o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) visa evitar a repetição de exames e melhorar a qualidade no atendimento, contribuindo para uma gestão mais transparente.
A iniciativa foi anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pela presidente da ANS, Carla de Figueiredo Soares, destacando sua importância para a governança digital na saúde pública. A integração dos dados não apenas melhora a qualidade do atendimento, mas também promove pesquisas e inovações na área.
A interoperabilidade será implementada em etapas. Entre 1º de agosto e 30 de setembro, dados de atendimentos de 2020 a 2025 serão enviados à RNDS, e a partir de outubro, a transferência será automática conforme os atendimentos ocorrerem. Pacientes poderão visualizar seus dados no aplicativo Meu SUS Digital, enquanto gestores acessarão informações através das plataformas SUS Digital Profissional e Gestor.
A RNDS espera um aumento significativo no volume de registros, passando de 2,8 bilhões para mais de 5,3 bilhões. O sistema já é utilizado por mais de 80% dos estados e 68% dos municípios para organizar atendimentos e planejar ações. Embora os dados sejam compartilhados, a segurança e privacidade dos cidadãos são garantidas, pois o SUS não enviará informações públicas para as operadoras de saúde.
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