Em resposta aos desafios climáticos, especialmente na agricultura, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciou a instalação de novos transmissores para modernizar a rede de mais de 600 estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A primeira fase ocorre no Rio Grande do Sul, onde 98 unidades estão sendo instaladas ou modernizadas, conforme destacado pelo diretor do Inmet, Carlos Alberto Andrade e Jurgielewicz. O estado já contava com 44 estações que agora recebem tecnologia de ponta. Novas estações também estão sendo criadas em locais com monitoramento histórico inadequado, como Butiá, Cachoeirinha e Caxias do Sul. A conclusão das instalações está prevista para o final do terceiro trimestre de 2026.

As cidades que já receberam os novos equipamentos incluem Campo Bom, Canela, Porto Alegre e Teutônia, que passaram por retrofit, modernizando suas estações antigas. A nova tecnologia reduz o intervalo de envio de dados de uma hora para apenas 15 minutos em situações de emergência.

“A instalação desses transmissores moderniza a coleta e o envio de dados meteorológicos, permitindo uma resposta mais ágil e confiável”, ressaltou Camilo Mussi, subsecretário de Tecnologia da Informação do Mapa. “Agora, podemos requisitar dados a cada 15 minutos, fundamental durante eventos extremos”, completou.

Investimento e modernização

O plano de modernização do Inmet recebe um investimento de R$ 150 milhões, destinados à instalação das 98 estações no Rio Grande do Sul, ampliação do monitoramento e atualização tecnológica da rede. Entre as melhorias, a substituição de equipamentos analógicos por sistemas automáticos para a coleta de dados em tempo real.

Além disso, a infraestrutura de transmissão será reforçada por meio de uma parceria com a Telebras. O Inmet adquirirá status de secretaria do Mapa, aumentando sua capacidade de atuação em relação às demandas da agropecuária e das mudanças climáticas.

Com dados mais completos e em tempo real, essa modernização beneficiará agricultores, pesquisadores e gestores, sendo essencial para decisões sobre plantio, colheita e prevenção de perdas por fenômenos extremos.