O governo federal lançou duas iniciativas que visam incluir jovens de grupos historicamente marginalizados na educação profissional e no ensino superior. As políticas foram apresentadas pelo ministro da Educação, Camilo Santana, durante um evento em Natal, Rio Grande do Norte.
O programa Partiu IF tem como meta preparar 78 mil alunos do 9º ano do ensino fundamental para ingressar na Rede Federal até 2027, oferecendo suporte educacional e psicopedagógico. Em dois ciclos, o projeto prevê um investimento total de R$ 578 milhões, com a preparação de 26 mil estudantes até 2025.
Por outro lado, o CPOP (Curso Popular) contempla um investimento inicial de R$ 24,8 milhões, com previsão de chegar a R$ 74,5 milhões até 2027. O programa vai beneficiar 4.320 estudantes já no primeiro ano, com 324 cursinhos populares apoiados, focando especialmente em jovens de baixa renda, negros, indígenas e pessoas com deficiência. Os participantes receberão um auxílio financeiro de R$ 200 mensais e recursos didáticos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Camilo Santana destacou a importância dessas ações para promover equidade e inclusão, afirmando que representam um investimento significativo na juventude brasileira. Além disso, falou sobre a restauração da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), visando um orçamento robusto que permita a implementação efetiva de políticas de redução das desigualdades educacionais.
O CPOP contará com apoio financeiro de R$ 230 mil por turma de 40 alunos, enquanto o Partiu IF terá aulas iniciando em 15 de março, com 650 turmas previstas. O cenário educacional que apresenta desigualdades raciais e sociais, conforme o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), reforça a relevância dessas iniciativas.
Com essas políticas, o MEC, por meio da Secadi, busca transformar o acesso à educação técnica de nível médio e promover oportunidades equitativas para todos os estudantes.