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Governo aumenta tributação sobre fintechs, ameaçando sustentabilidade de pequenos negócios de alimentação.

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O recente aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para fintechs, de 9% para 15%, foi anunciado pelo governo federal e representa uma preocupação significativa para os pequenos negócios do setor de alimentação fora do lar. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), essa medida tem o potencial de encarecer serviços essenciais, como maquininhas de cartão, contas digitais e a antecipação de recebíveis, o que afetará diretamente bares, restaurantes e lanchonetes.

A digitalização se tornou uma prioridade para o crescimento e a modernização do setor de alimentação. A adoção de tecnologias inovadoras tem sido crucial para melhorar a eficiência operacional, reduzir desperdícios e aprimorar a experiência do cliente. No entanto, muitos estabelecimentos são compostos por micro e pequenas empresas, frequentemente familiares, que têm dificuldades em acessar crédito e realizar investimentos significativos.

O aumento da tributação sobre as fintechs deve impactar os serviços de bancarização e digitalização, dificultando o acesso a ferramentas que viabilizam a modernização dos negócios. O setor já navega em um ambiente desafiador, com margens de lucro estreitas e altos níveis de inadimplência em relação ao pagamento de tributos. Aproximadamente 40% dos estabelecimentos enfrentam desafios financeiros, muitas vezes recorrendo a empréstimos com altas taxas de juros para gerir seu fluxo de caixa.

Com a nova política fiscal, as fintechs poderão se ver obrigadas a eliminar isenções, aumentar tarifas ou restringir a oferta de serviços. Isso não apenas complica ainda mais a realidade dos pequenos empresários, mas também pode desencorajar a formalização de negócios, um fator crucial para a recuperação econômica do setor.

Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, considera que essa estratégia é um retrocesso para um setor que emprega mais de 5 milhões de pessoas e que é fundamental para a economia e a cultura nacional. Ele enfatiza a necessidade de que o governo reavalie a medida, levando em conta o impacto que isso terá nos pequenos negócios. Solmucci argumenta que, embora a digitalização seja um caminho inevitável, ela precisa ser acessível a todos os empreendedores. O aumento da carga tributária pode não apenas inviabilizar o acesso a crédito, mas também ameaçar a sustentabilidade de muitos negócios que lutam para se manter abertos.

Com informações e fotos da Abrasel/BR

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