O segundo dia do Festival de Cinema de Pilar foi um sucesso, atraindo estudantes e moradores locais. As poltronas do Cine Pilarense estavam quase todas ocupadas, e o público, composto por famílias, interagiu com os dramas e as comédias exibidas, enquanto jovens descobriram a riqueza da produção audiovisual.

Destaque para a Mostra Manguaba, que apresentou três documentários e um filme híbrido. O primeiro filme, “Riacho Doce”, de Vanessa Mota, retrata famílias que vivem da produção de farinha e bolos tradicionais, ressaltando uma rica herança cultural.

O segundo curta, “Impedimento”, de Renata Baracho, aborda a paixão de diversas mulheres pelo futebol, evidenciando seus desafios pessoais e profissionais. Já “Luz, Câmera e Produção”, de Adriana Manolio, mistura ficção e documentário, oferecendo uma visão cômica da rotina dos produtores audiovisuais. Por fim, “Cine-Guarany”, de Karolina Justino, revive a história do cinema de rua em Rio Largo, agora em ruínas, com depoimentos de quem viveu a época.

Para o professor Ubiratan Porto, eventos como esse são fundamentais para a difusão cultural. Ele destacou que os filmes abordaram temas importantes, como o machismo, ressaltando a luta das mulheres por reconhecimento no futebol. “A cultura é a essência de um povo”, afirmou.

Premiação e Emoção

Durante a noite, o festival homenageou as cineastas Karolina Justino e Vanessa Mota com troféus, entregues pelo diretor Dário Júnior. Karolina compartilhou sua emoção ao perceber as semelhanças entre o Cine Pilarense e o Cine-Guarany, expressando gratidão por seu filme estar na programação.

Após as exibições, o público foi convidado a participar do Samba do Calçadão, evento mensal próximo ao Cine Pilarense.

Sobre o Festival

O projeto foi contemplado pela Política Nacional Aldir Blanc, do Governo Federal, através do Ministério da Cultura e da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas. O festival é realizado pela Inreais Filmes, com apoio da Prefeitura de Pilar e outras instituições culturais.