A inclusão digital nos Municípios foi o foco da arena do segundo dia da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, abordando “Transformação digital e conectividade para inclusão e oportunidade de negócios”. Na terça-feira, 20 de maio, gestores municipais e especialistas discutiram a modernização da gestão pública por meio da tecnologia.
Karla França, analista técnica da Confederação Nacional de Municípios (CNM), abriu o evento enfatizando que a transformação digital é crucial para o desenvolvimento regional, destacando: “A digitalização nos Municípios é vital para promover inclusão social e fomentar o desenvolvimento local”.
Régis Borges, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), provocou a audiência questionando sobre os legados que a gestão deixará na agenda digital. Ele destacou que, enquanto a sociedade é digitalmente conectada, muitos Estados e Municípios lidam com limitações orçamentárias.
Cynthia Guerra, diretora de Inovação da Prefeitura de Uberlândia (MG), abordou a Lei das Antenas e os esforços para expandir a conectividade na cidade. Ela compartilhou avanços como a disponibilidade de Wi-Fi gratuito em todos os ônibus, totalizando 240 pontos de internet gratuita. “Hoje, temos 240 pontos de internet gratuita distribuídos em Uberlândia.”
Lara de Oliveira Santana, secretária de Projetos Especiais da Prefeitura de Ipojuca (PE), falou sobre as barreiras da falta de inclusão digital no Município. Para reverter essa situação, foi criado um Comitê de Gestão da Transformação Digital e implementada a Rede Ipojuca, facilitando o acesso dos cidadãos aos serviços públicos. “Com a rede, não será mais necessário levar documentos em papel”, explicou.
No encerramento, Michelle Fernandes, do Departamento de Sustentabilidade e Cidadania Digital da Caixa Econômica, apresentou o programa FINISA Transformação Digital, uma linha de financiamento direcionada à modernização tecnológica dos Municípios. O objetivo, segundo ela, é aumentar a eficiência, diminuir o tempo de atendimento, promover transparência, garantir segurança e integrar sistemas de gestão pública.
Por Rosana Maria
Da Agência CNM de Notícias