Alta acumulada dos insumos nos bares e restaurantes é quase três vezes menor do que a registrada no domicílio
Segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (10), os bares e restaurantes vêm enfrentando desafios para reajustar os preços dos cardápios. A inflação nos estabelecimentos de alimentação fora do lar foi de 0,35% no último mês, enquanto no domicílio foi de 0,59%. A variação do índice geral ficou em 0,16%.
No acumulado do ano, a inflação nos bares e restaurantes é quase três vezes menor do que a registrada dentro de casa. Enquanto a alimentação no domicílio acumula uma alta de 3,56%, nos estabelecimentos a variação é de 1,09%. Esses números também estão abaixo do índice geral, que está em 1,42% no acumulado do ano.
De acordo com a mais recente pesquisa da Abrasel, 37% dos estabelecimentos não conseguiram reajustar os preços nos últimos 12 meses, mesmo com o aumento no valor dos insumos. Os empresários estão buscando equilibrar os custos sem repassar integralmente os aumentos aos consumidores.
Os principais insumos do setor, alimentos e bebidas, tiveram uma variação de 0,53% em março e acumulam 2,88% no ano. Entre os estabelecimentos que operaram com prejuízo em fevereiro, o custo dos alimentos e bebidas foi apontado como o terceiro principal fator que influenciou no resultado negativo.
O presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, ressalta a difícil situação enfrentada pelo setor: \”Estamos em um momento difícil quanto ao faturamento, principalmente em função da queda do movimento em janeiro. Isso faz com que o empresário aperte as margens para evitar repassar os aumentos ao cardápio. Com 40% do setor tendo dívidas em atraso, é necessário um plano para resgate das empresas em situação crítica\”.
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Com informações da Abrasel AL