Nove tourinhos da raça holandesa importados dos Estados Unidos estão em fase final de quarentena em Botucatu, no interior de São Paulo. Esses animais jovens estão se preparando para iniciar, aos 12 meses de idade, a coleta de sêmen em uma Central de Coleta e Processamento, com o objetivo de melhorar a genética do rebanho brasileiro voltado para a produção leiteira.
Os tourinhos passaram por um extenso processo até chegar ao Brasil, partindo do Texas e realizando exames clínicos antes de embarcarem para Miami. Durante a viagem, alguns animais foram separados devido a uma doença ocular bacteriana, para garantir a segurança do transporte.
No território brasileiro, os nove tourinhos ficaram sob constante acompanhamento do Serviço Veterinário Oficial (SVO) e dos veterinários da empresa importadora. Qualquer sinal de doença seria imediatamente identificado e tratado. A quarentena, que teve início em 30 de abril, tem a duração mínima de 30 dias, com vigilância diária para garantir a saúde e bem-estar dos animais.
A importação de animais da raça holandesa ainda é realizada no Brasil, mesmo o país possuindo excelentes exemplares, especialmente fêmeas produtoras de leite. Os touros, por sua vez, ainda estão em processo de seleção genética. Um touro provado é aquele que já teve seus filhos comprovando suas características desejadas, tornando-o mais confiável para reprodução.
Durante um período de 18 meses, o Brasil recebeu sêmen de 664 touros de diversos países, sendo a maioria dos Estados Unidos, Canadá e Holanda. Esses materiais genéticos são nacionalizados para garantir que os descendentes também possam ser registrados no país.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emite certificações zootécnicas para importação de reprodutores ou material genético, visando melhorar a qualidade genética do rebanho nacional. Além disso, avaliações genéticas são realizadas para identificar aspectos aprimorados pela genética, como produção de leite, precocidade e longevidade dos animais.
A raça holandesa é reconhecida pela sua estrutura organizacional, com criatórios bem estabelecidos e registros zootécnicos padronizados. A Embrapa Gado de Leite colabora com esses registros e avaliações genéticas para contribuir com o melhoramento dos rebanhos brasileiros, buscando sempre aprimorar a produção leiteira no país.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária