Na última terça-feira, foi realizado em Brasília o Seminário de Encerramento e Validação do Projeto Cacau Brasil Agrofloresta, uma iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária, em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). O evento teve como objetivo reunir diferentes stakeholders, incluindo produtores, gestores públicos e representantes de instituições privadas e organizações sociais, para avaliar os impactos do projeto e trocar experiências sobre práticas sustentáveis na produção de cacau.
O projeto Cacau Brasil Agrofloresta visa a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, focando na promoção de sistemas agroflorestais nas regiões da Transamazônica, no Pará, e no sul da Bahia. Estas áreas, que apresentam características únicas dentro dos biomas Amazônia e Mata Atlântica, são fundamentais para garantir uma produção cacaueira sustentável e resiliente. Durante o seminário, foi enfatizado o compromisso com um modelo de produção que alie a conservação ambiental à inclusão social e à viabilidade econômica, fator essencial para o futuro da indústria do cacau no Brasil.
O secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo destacou o papel estratégico do projeto em fortalecer a cadeia produtiva do cacau, bem como a valorização do fruto brasileiro no mercado global. A implementação das práticas propostas promete potencializar os sistemas agroflorestais, transformando o cultivo do cacau em uma atividade mais consciente e sustentável.
Christian Fischer, coordenador de Operações do IICA Brasil, sublinhou a importância de ações concretas destinadas à redução das emissões de carbono, conservação das florestas e promoção do desenvolvimento rural inclusivo. Ele destacou que o sucesso desse projeto se baseia em uma colaboração eficaz entre as instituições envolvidas, com a expectativa de que cerca de 5,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente sejam reduzidas através de suas atividades.
Produtores como Cleide Andrade dos Santos evidenciaram a relevância do projeto, que promete agregar valor e visibilidade ao cacau nacional, além de oferecer condições mais favoráveis para uma produção respeitosa ao meio ambiente.
Com financiamento do Green Climate Fund (GCF), o projeto não apenas busca fortalecer a capacidade adaptativa das comunidades que cultivam cacau, mas também implementar sistemas agroflorestais em áreas degradadas, promovendo a recuperação do solo e a sustentabilidade econômica. Além disso, o esforço inclui a capacitação de autoridades públicas para monitorar os estoques de carbono e promover melhores práticas agrícolas.
Assim, o Projeto Cacau Brasil Agrofloresta se configura como uma iniciativa exemplar que não apenas respeita o meio ambiente, mas que também busca transformar a vida de milhares de agricultores, assegurando um futuro mais sustentável para a produção de cacau no Brasil.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária
