Um esforço colaborativo entre diversas entidades governamentais e não governamentais está em andamento em países da América Latina e do Caribe, visando ampliar a conservação e o manejo de insetos polinizadores. Essa iniciativa, designada como Projeto Poli-LAC, está sendo implementada no Peru, Brasil, Costa Rica, México e Paraguai. O lançamento oficial ocorreu em 2024, durante a comemoração do Dia Mundial das Abelhas, no Peru. O foco central do projeto é promover a proteção de polinizadores silvestres e domesticados, reconhecendo seu papel vital na manutenção da biodiversidade, na saúde dos ecossistemas, no sustento das comunidades locais e na produtividade agrícola.
A relevância do Poli-LAC é reforçada por dados que indicam que 75% das plantações cultivadas globalmente dependem da polinização. Além disso, cerca de 90% das plantas selvagens necessitam de polinizadores para completar seu ciclo reprodutivo, o que demonstra a importância desses insetos para o equilíbrio ambiental.
No Brasil, a execução do projeto conta com a coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e envolve a colaboração da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e diversas outras organizações, incluindo o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e a Rede Brasileira de Interações Planta Polinizador (REBIPP). A proposta é fortalecer a gestão regional do conhecimento, bem como as políticas públicas que incentivem ações de proteção a cultivos que dependem da polinização, como café, cacau, soja, laranja, maracujá e maçã.
O projeto é financiado pelo Ministério Federal Alemão para o Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear e faz parte da Iniciativa Internacional para o Clima (IKI).
Dentre as ações concretas planejadas, destaca-se uma visita de uma delegação de técnicos e pesquisadores do Mapa e representantes de entidades parceiras, que ocorrerá entre os dias 15 e 29 de maio. Eles irão se deslocar para a Chapada Diamantina, na Bahia, uma área piloto para o projeto. O intuito é identificar as espécies locais de polinizadores e determinar locais adequados para a implementação de práticas que favoreçam esses insetos. As medidas incluem a recuperação de habitats naturais, o plantio de vegetação nativa que atraia polinizadores, a diversificação de culturas e a redução do uso de defensivos agrícolas, além de promover a certificação de práticas de manejo orgânico em cultivos de café e maracujá.
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Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária