O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a publicação da Portaria Mapa nº 776/2025, que define procedimentos para vigilância, contenção, supressão e erradicação da praga quarentenária Bactrocera carambolae, conhecida como mosca-da-carambola.
Devido ao avanço das tecnologias e à distribuição atual da mosca da carambola no Brasil, foi necessário atualizar o Programa, com o objetivo de garantir a segurança fitossanitária do país. Isso inclui um aumento na participação dos estados e dos produtores no controle dessa praga.
Nos últimos anos, os focos da B. carambolae têm sido principalmente em áreas urbanas e periurbanas, ao invés de em áreas de cultivo comercial. Em estados onde a mosca está presente, qualquer fruto hospedeiro não pode ser comercializado para outras áreas sem a devida autorização, o que desencoraja a cadeia produtiva a trabalhar em conjunto com os órgãos de defesa vegetal no combate à praga.
A nova legislação irá ampliar as ações de controle nas áreas onde a praga está presente, com o objetivo de reduzir o risco de dispersão para áreas livres da mosca da carambola.
A Portaria nº 776 estabelece as ações obrigatórias para inspeção, controle e erradicação da praga, incluindo o uso de armadilhas e tratamentos fitossanitários. Além disso, define as responsabilidades dos órgãos competentes na fiscalização e as sanções em caso de descumprimento. Vale ressaltar que as medidas descritas na nova Portaria precisam da aprovação prévia do Mapa para serem implementadas.
SOBRE A MOSCA-DA-CARAMBOLA
A Bactrocera carambolae é uma mosca-das-frutas da família Tephritidae, considerada uma praga quarentenária no Brasil. As fêmeas depositam ovos sob a casca dos frutos, e as larvas se alimentam da polpa, gerando perdas na produção. Originária do Sudeste Asiático, foi detectada no Brasil em 1996, afetando culturas como carambola, goiaba e manga.
PRAGA QUARENTENÁRIA
Essa classificação indica que a praga está limitada a algumas regiões do Brasil e é controlada oficialmente para evitar sua disseminação e os impactos econômicos associados. Atualmente, a praga está presente nos estados do Amapá, Roraima e Pará.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária