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Pesquisa inovadora desenvolve hambúrguer de babaçu e farinha de amêndoas sustentável e nutricional

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O desenvolvimento de novos produtos à base de babaçu, como o análogo de hambúrguer e a farinha de amêndoas, marcam uma importante inovação tecnológica e social no Maranhão. Esses alimentos surgiram a partir da parceria entre cientistas e quebradeiras de coco da região, valorizando a identidade sociocultural dos povos e comunidades tradicionais, além de gerar inclusão produtiva e riqueza com baixo impacto ambiental.

O análogo de hambúrguer, com um percentual de proteína adequado, sem conservantes e com seis meses de durabilidade congelado, foi premiado em uma competição global que reconhece inovações científicas na região amazônica. Além disso, a farinha de amêndoas, derivada do resíduo da extração do óleo da amêndoa, tem se mostrado uma matéria-prima versátil para a criação de diversos produtos, como biscoitos, pães e sorvetes.

A sinergia entre conhecimentos científicos e tradicionais resultou não apenas nos novos produtos mencionados, mas também em novas formulações, como biscoitos e gelados, todos baseados no coco babaçu. Mulheres de diferentes comunidades, como a Cooperativa Mista da Agricultura Familiar e do Extrativismo do Babaçu – Coomavi, e a Associação de Quebradeiras de Coco de Chapadinha, participaram ativamente do desenvolvimento desses produtos.

A iniciativa contou com a colaboração de pesquisadores de diversas instituições, como Embrapa Maranhão, Embrapa Agroindústria Tropical, UFMA e UFC, além do financiamento da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). O objetivo principal foi valorizar o trabalho das quebradeiras de coco e do babaçu, diversificando os coprodutos da palmeira para atender às demandas de mercado.

Os novos produtos passaram por testes de análise sensorial, que incluíram avaliações de características como aroma, sabor e textura. Os resultados foram bastante positivos, com uma boa aceitação por parte dos consumidores, tanto veganos quanto não veganos. A intervenção social continuada, com treinamentos e capacitações para as mulheres envolvidas, tem proporcionado não apenas o desenvolvimento de novos alimentos, mas também a valorização das comunidades e a geração de renda e autonomia.

A pesquisa também teve reconhecimento internacional, com a equipe sendo finalista do prêmio Con X Tech Prize: Amazônia, que busca inovações sustentáveis para as economias da região. Essa parceria entre instituições, comunidades locais e organizações internacionais mostra o potencial de transformação e valorização dos recursos naturais e culturais do Maranhão, colocando o estado como referência na bioeconomia e no uso sustentável da sociobiodiversidade.

Com informações da Embrapa
Fotos: Foto: Flavia Bessa / Embrapa

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