O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, no dia 15 de maio, a detecção do primeiro foco da praga quarentenária conhecida como Vassoura-de-Bruxa da Mandioca, identificada cientificamente como Ceratobasidium theobromae, no estado do Pará. Esse foco foi localizado na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, uma região remota situada no extremo norte do município de Almeirim, próxima à fronteira com o Suriname.
A descoberta ocorreu após uma inspeção realizada em 28 de abril, por técnicos da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Amapá e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá. A equipe esteve na Aldeia Bona, dentro do Parque do Tumucumaque, após receber uma denúncia sobre plantas que apresentavam sintomas de contaminação. Duas amostras de plantas suspeitas foram coletadas e enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás, onde a presença do fungo foi confirmada em ambas as amostras.
A área onde foi registrado o foco da praga é de difícil acesso, habitada por comunidades que possuem vínculos administrativos apenas com o estado do Amapá. Essa localidade está distanciada das principais zonas de produção de mandioca do Pará, sendo acessível apenas por voos fretados.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará, em conjunto com o Mapa, tem realizado levantamentos fitossanitários em todo o estado como parte de um Plano Emergencial para a Prevenção da Vassoura-de-Bruxa da Mandioca. Até o momento, não foram identificadas suspeitas em áreas comerciais de produção, e não houve interceptação de material vegetal suspeito nas barreiras de fiscalização instaladas na região norte do estado.
É importante destacar que a Vassoura-de-Bruxa da Mandioca não deve ser confundida com a praga do cacaueiro. Embora o fungo não represente riscos à saúde humana, ele é extremamente prejudicial para as lavouras de mandioca. A primeira detecção da doença ocorreu em 2024, nas terras indígenas de Oiapoque. Essa praga causa uma série de danos às plantas, incluindo ramos secos e deformados, nanismo, proliferação de brotos fracos e finos, clorose, murcha e eventual morte das plantas. A dispersão da praga se dá, em grande parte, por meio de material vegetal contaminado, ferramentas de poda, solo e água.
O Mapa continua a trabalhar em colaboração com os órgãos estaduais de defesa agropecuária, implementando medidas de vigilância, diagnóstico e contenção da praga, além de reforçar as diretrizes de biosseguridade para impedir sua propagação em áreas comerciais. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: imprensaimprensa@agro.gov.br.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária