No último sábado, o Assentamento Santo Antônio da Fartura, localizado em Campo Verde, Mato Grosso, foi o cenário do lançamento do Programa Solo Vivo. Esta iniciativa, que é uma ação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), é voltada para a recuperação de áreas de solo degradado, visando a competitividade da agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável nas comunidades rurais da região.
Para sua fase inicial, o programa recebeu um investimento de R$ 42,8 milhões e tem como meta beneficiar entre 800 a 1.000 famílias de 10 assentamentos em Mato Grosso. As propriedades atendidas variam em média de 10 a 15 hectares. As atividades do programa abrangem diversos municípios, como Campo Verde, Alto Araguaia, Poconé e Rosário Oeste, entre outros.
O Solo Vivo resulta de uma parceria entre o Mapa, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). A proposta é integrar ciência, tecnologia e desenvolvimento social ao fornecer suporte técnico especializado para o manejo do solo, além da capacitação das famílias envolvidas na agricultura.
Uma das principais ações do programa é a realização de diagnósticos técnicos que permitem a elaboração de laudos, essenciais para determinar as intervenções necessárias em cada propriedade. Equipes compostas por professores, pesquisadores e técnicos do IFMT utilizam ferramentas avançadas, como softwares e sistemas digitais, para monitorar e avaliar as atividades em tempo real. Com base nesses laudos, são dadas orientações sobre a aplicação de insumos específicos e as melhores práticas agrícolas para cada tipo de solo.
O programa também se destaca por sua oferta de capacitação, como o curso online “Metodologia Solo Vivo: Da Coleta de Amostras à Análise de Solo”, que conta com a participação de mais de 180 pessoas. Esta formação é fundamental para disseminar conhecimentos técnicos que possam ser replicados em outras regiões.
Durante o evento de lançamento, foram apresentadas maquinarias agrícolas voltadas ao fortalecimento da agricultura familiar. Essas entregas fazem parte de um esforço conjunto entre o Mapa e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), visando melhorar as condições de trabalho e ampliar a produtividade nas comunidades atendidas. Tais iniciativas englobam um investimento total de R$ 20 milhões em equipamentos.
Além da parte técnica e capacitadora, o evento também incluiu a entrega de 78 títulos de domínio para famílias dos assentamentos. Essa regularização fundiária representa um passo importante para garantir segurança jurídica e facilitar o acesso a políticas públicas e crédito rural.
A entrega e recepção desses títulos é mais um aspecto essencial para fomentar o desenvolvimento econômico, garantir estabilidade e fortalecer a agricultura familiar, além de contribuir para a redução das desigualdades no campo. A regularização das terras, que totalizam 1.764,86 hectares, é um exemplo de como as iniciativas podem impactar positivamente a vida de pequenos agricultores.
Por fim, as ações de desenvolvimento rural têm um grande potencial de transformar a realidade no campo, promovendo não apenas a recuperação dos solos, mas também o fortalecimento das cadeias produtivas locais.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária