A Secretaria de Defesa Agropecuária divulgou as novas Regras de Análises de Sementes (RAS), que consistem nos métodos oficiais de análise utilizados para avaliar a qualidade física e fisiológica de lotes de sementes produzidos no Brasil. Essas regras servem de referência técnica para os laboratórios credenciados na emissão dos Boletins de Análise de Sementes, os quais são utilizados pelos produtores na elaboração dos Certificados ou Termos de Conformidade dos lotes que serão comercializados. A padronização desses métodos é essencial para possibilitar a comparação de resultados e garantir a segurança dos usuários de sementes.
A versão anterior das RAS datava de 2009 e, devido à evolução e modernização da produção de sementes, o setor sementeiro vinha reivindicando sua revisão há alguns anos. Em 2024, a Coordenação-Geral de Laboratórios Agropecuários iniciou a revisão em duas etapas. A primeira fase contou apenas com a participação dos Laboratórios Oficiais de Análise de Sementes Supervisores (LASOs Supervisores), enquanto a segunda fase foi realizada por meio de uma consulta pública direcionada às Comissões de Sementes e Mudas sobre o texto revisado pelos LASOs Supervisores.
As Comissões de Sementes e Mudas contribuíram com cerca de 700 sugestões de correções ou aprimoramentos da proposta de revisão das RAS, sendo que aproximadamente 80% delas foram aprovadas. Isso indica que o texto final da nova versão das RAS atenderá à maioria das demandas e interesses do setor sementeiro, especialmente dos laboratórios de análise de sementes.
Os capítulos mais impactados pela contribuição das Comissões de Sementes e Mudas foram os de “Amostragem”, “Análise de Pureza”, “Teste de Germinação”, “Análise de Sementes Revestidas” e “Análise de Sementes de Espécies Florestais”. As sugestões visavam principalmente a facilitar o entendimento dos leitores e a inclusão de imagens para ilustrar os processos e métodos descritos na proposta.
Além disso, a revisão das RAS manteve a conformidade com as Regras Internacionais de Análise de Sementes da ISTA (International Seed Testing Association) e da AOSA (Association of Official Seed Analysts), respeitando as particularidades da agricultura tropical brasileira e a legislação de sementes. Segundo o coordenador-geral de Laboratórios Agropecuários, Fabrício Pedrotti, a revisão das RAS irá atender às expectativas do setor sementeiro, promovendo mais clareza e facilitando a rotina dos laboratórios credenciados.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária
