Na última segunda-feira, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou a publicação da Portaria nº 804/25, que estabelece diretrizes para a alocação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) referentes à safra de 2025/2026. A liberação dos valores, que somam mais de R$ 7,18 bilhões, foi autorizada pelo Conselho Monetário Nacional através da Resolução CMN nº 5.213/25, destacando um impulso significativo para a cafeicultura no país.
O montante de recursos destinados ao Funcafé representa um aumento de cerca de 4% em relação ao exercício anterior, que contou com R$ 6,9 bilhões para a safra de 2024/2025. Ao olhar para anos anteriores, observa-se um crescimento contínuo: em 2023/2024, os recursos totalizaram R$ 6,3 bilhões, enquanto, em 2022/2023, o valor foi de R$ 6 bilhões. Essa sequência de aumentos evidencia um compromisso crescente com o desenvolvimento do setor cafeeiro, totalizando uma alta de aproximadamente 20% na comparação com o ano de 2022.
Para a safra de 2025, a distribuição dos recursos é ampla: são mais de R$ 1,81 bilhão alocados para custeio e cerca de R$ 2,59 bilhões para comercialização. Além disso, mais de R$ 1,68 bilhão será direcionado para financiamento na aquisição de café. Adicionalmente, mais de R$ 1 bilhão será disponibilizado para capital de giro voltado a indústrias de café solúvel, torrefação e cooperativas de produção. Para a recuperação de cafezais danificados, estão previstos ainda mais de R$ 31 milhões.
Os recursos serão distribuídos aos bancos e instituições financeiras baseando-se em critérios específicos, que terão suas diretrizes publicadas em um edital pela Secretaria de Política Agrícola do Mapa. Esse movimento visa garantir que as tradicionais práticas de credito rural sejam mantidas de forma eficiente e ágil, favorecendo a cadeia produtiva da cafeicultura.
Assim, a nova portaria não apenas regulamenta a aplicação de um expressivo volume de recursos, mas também serve como um importante instrumento de incentivo para produtores, que assim poderão contar com melhores condições para enfrentar os desafios do setor cafeeiro.
Com informações e Fotos do Ministério da Agricultura e Pecuária